Acessar o conteúdo principal

França: Adesão à greve e manifestações contra reforma da Previdência diminuem, mas sindicatos continuam mobilização

A adesão à greve e as manifestações diminuíram nesta terça-feira (7), terceiro dia de mobilização contra a reforma da Previdência na França. Mas os sindicatos já se programam para o quarto dia de ação, sábado (11), para manter a pressão sobre os deputados franceses que debatem o projeto na Assembleia Nacional.

Manifestação em Paris contra a reforma da Previdência em 7 de fevereiro de 2022. Manifestante com cartaz que diz "A rua não vai recuar".
Manifestação em Paris contra a reforma da Previdência em 7 de fevereiro de 2022. Manifestante com cartaz que diz "A rua não vai recuar". © Chi Phuong / RFI
Publicidade

Os protestos reuniram em todo o país 757 mil pessoas, segundo o Ministério do Interior, "quase dois milhões" de acordo com os sindicatos.

O número de participantes é menor do que em 31 de janeiro, quando as organizações sindicais anunciaram mais de 2,5 milhões de participantes e as autoridades 1,27 milhão. No primeiro dia de mobilização, 19 de janeiro, a Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), principal sindicato francês, informou que mais de dois milhões de pessoas participaram das manifestações e o ministério do Interior 1.12 milhão.

Em Paris, a manifestação reuniu 57.000 pessoas, segundo a polícia, 400.000 segundo a CGT. Esses números totalizaram respectivamente 87.000 e 500.000 em 31 de janeiro e 80.000 e 400.000 no dia 19.

Em outras cidades, as manifestações foram menos numerosas. Em Estrasburgo (nordeste), a prefeitura contou 7.000 pessoas, contra 10.500 em 31 de janeiro e 10.500 no dia 19. Em Poitiers (centro-oeste), 4.400 manifestantes marcharam de acordo com a polícia, contra 8.000 em 31 de janeiro e 7.000 em 19 de janeiro, segundo a mesma fonte.

Tensões 

Algumas tensões marcaram a manifestação parisiense, com várias vitrines quebradas ou danificadas e projéteis lançados contra agentes de segurança. A polícia anunciou 17 prisões às 18h.

Reunindo-se na noite de terça-feira, em Paris, representantes sindicais convocaram, em um comunicado à imprensa, novas manifestações “massivas” no sábado, 11 de fevereiro. "O governo deve retirar seu projeto sem esperar o fim do processo parlamentar", diz o texto.

O líder da CGT, Philippe Martinez, pediu greves "mais duras, massivas e mais numerosas", se o governo persistir em não ouvir. 

Diminuição do número de grevistas

A diminuição do número de grevistas também foi notada. No importante setor de transportes, a circulação de trens e metrôs foi bastante perturbada, mas com uma taxa de trabalhadores em greve em baixa: 25%, contra 36% no dia 31 e 46% no dia 19. Novos distúrbios são esperados na SNCF, a empresa estatal do sistema ferroviário francês, na quarta-feira (8).

No setor da energia, mais de um em cada dois operadores (56%) do turno da manhã das refinarias da TotalEnergies estavam em greve, segundo a empresa, entre 75 e 100%, de acordo com a CGT. A direção da EDF, principal fornecedora de eletricidade, identificou 36,9% dos grevistas, contra 46,5% em 31 de janeiro.

Manifestantes nas ruas de Paris protestam contra reforma da Previdência apresentada pelo governo de Emmanuel Macron, que visa aumentar a idade mínima da aposentadoria de 62 para 64 anos.
Manifestantes nas ruas de Paris protestam contra reforma da Previdência apresentada pelo governo de Emmanuel Macron, que visa aumentar a idade mínima da aposentadoria de 62 para 64 anos. © Carina Branco / RFI

O Ministério da Educação registrou 14,17% de professores em greve (contra 25,92% em 31 de janeiro). Pouco mais de 11% dos servidores cruzaram os braços em repartições públicas, contra 19,4% no dia 31 e 28% no dia 19.

A análise do texto do projeto de reforma da previdência começou segunda-feira (6) na Assembleia Nacional francesa em uma atmosfera tempestuosa. O governo deu prazo até 17 de fevereiro para a análise do projeto de lei, cuja a principal e mais contestada medida consiste em aumentar a idade mínima para a aposentadoria de 62 para 64 anos. .

(Com informações da AFP)

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.