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Em pleno debate sobre reforma da Previdência, queda da natalidade na França preocupa

Em pleno debate sobre a reforma da Previdência, os jornais franceses desta quarta-feira (18) destacam o impacto da queda histórica da natalidade na França em 2022 no financiamento das aposentadorias. O Instituto Nacional de Estatísticas e Estudos Econômicos (Insee) publicou na terça-feira (17) seu balanço demográfico do ano passado, que indica que a taxa de nascimentos na França alcançou seu nível mais baixo desde 1946.

Uma mãe e um pai olham seu bebê recém-nascido na maternidade do Hospital des Diaconesses em Paris, em 17 de novembro de 2020.
Uma mãe e um pai olham seu bebê recém-nascido na maternidade do Hospital des Diaconesses em Paris, em 17 de novembro de 2020. AFP - MARTIN BUREAU
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Segundo dados disponíveis, 723.000 crianças nasceram na França em 2022. Uma queda de 2,6% da taxa de natalidade em relação a 2021, com menos de dois filhos (1,8) por mulher.

Para Le Figaro, as estatísticas demográficas fornecem argumentos à favor do governo francês, que tem dificuldade em convencer sobre a necessidade de sua reforma, principalmente sobre a medida que visa passar progressivamente a idade da aposentadoria de 62 para 64 anos, até 2030. O Executivo pretende com essa mudança dar resposta ao desafio do financiamento da previdência, lembra o jornal.

Em 2022, a diferença entre o número de mortes e nascimentos na França foi o mais baixo desde a Segunda Guerra Mundial e a previsão é de que passe a ser negativo em 2035. Esta mudança demográfica "desequilibra os circuitos de financiamento da proteção social", salienta o jornal.

Mortalidade em alta

Le Parisien lembra que, ainda que a taxa de natalidade tenha caído na França, o país continua tendo um dos maiores números de nascimentos da Europa. Especialistas entrevistados indicam que a pandemia de Covid-19 teve apenas um pequeno efeito sobre os nascimentos e que esse dado comprova, na verdade, uma tendência observada nos anos anteriores: desde 2015 os nascimentos foram, a cada ano, menos numerosos.

Le Monde destaca outras informações do relatório do Insee, entre eles, a mortalidade que foi superior às previsões, consequência da Covid-19 e também das ondas de calor que atingiram a França durante o verão de 2022. Além disso, a esperança de vida não evoluiu e ficou estagnada em 85,2 anos para as mulheres e 79,3 para os homens, inferior a 2019, antes da pandemia.

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