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Paris: barcos que navegam pelo Sena preparam greve para o Réveillon

A atividade dos icônicos Batobus e Bateaux Parisiens, que cruzam o Sena carregados de turistas, já está parcialmente interrompida desde sábado (24) por uma greve seguida por alguns de seus funcionários, de acordo com um comunicado publicado nesta quinta-feira (29). Eles clamam por uma greve de todos os barcos de cruzeiro no dia 31. 

Museu d'Orsay visto de um barco de turismo navegando no rio Sena, em Paris.
Museu d'Orsay visto de um barco de turismo navegando no rio Sena, em Paris. © Paloma Varón/RFI
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“No Réveillon, uma refeição completa em um barco-restaurante pode custar até € 600 (R$ 3.382). Vemos que é uma atividade muito lucrativa. Os empregados pedem apenas uma melhor remuneração pela produção que geram”, declarou Matthieu Saintoul, sindicalista da Força Operária (FO) Paris.

Os sindicalistas estão chamando seus colegas de cruzeiros, que até agora não aderiram à paralisação, para uma greve geral no sábado (31) às 18h. "Os grevistas exigem, em particular, aumentos salariais, aumentos estatutários e um aumento nos bônus de "dia longo", especifica o sindicato FO em seu comunicado à imprensa.

“Desde o fim da Covid, a atividade foi retomada com recorde de público, mas o mesmo número de funcionários, o que gera uma sobrecarga de trabalho muito significativa”, observa Romain Joly, grevista e capitão de um barco-restaurante.

Lucros recordes

Os funcionários em greve exigem que a Sodexo Esportes e Lazer, proprietária dos Bateaux Parisiens e Batobus, "partilhe os lucros recordes deste ano", especialmente no contexto inflacionário, acrescentou Joly.

Segundo ele, por causa do movimento social, os Batobus, barcos que realizam múltiplas paradas para a entrada e saída de passageiros, não estão mais navegando, com 25 dos 30 funcionários em greve.

Dentro dos Bateaux Parisiens, os funcionários da divisão de barcos-restaurantes estão em sua maioria em greve (18 dos 19 funcionários fixos), mas há pouca interrupção da atividade, pois funcionários temporários e gerentes não grevistas entram para ajudar a manter essa atividade, a mais lucrativa, explicou o grevista Romain Joly.

A direção dos Bateaux Parisiens indicou que a greve afeta atualmente menos de 10% da força de trabalho e que a atividade continua.

Sobre as remunerações dos trabalhadores, "no âmbito das negociações anuais obrigatórias, foi assinado um acordo com a maioria dos sindicatos, indicando a vontade comum de responder ao problema da inflação para todas as categorias de trabalhadores", continuou a direção.

Os grevistas dizem estar insatisfeitos com o resultado destas negociações anuais. 

(Com AFP)

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