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Com aumento de casos de Covid-19, escolas francesas voltam a recomendar máscaras

Há duas semanas, os 12,8 milhões de alunos dos ensinos fundamental e médio da França deixaram de usar máscaras nas escolas. Mas com o aumento do número de casos de Covid-19 entre estudantes e professores, a proteção voltou a ser recomendada em algumas instituições.

Covid-19: as escolas francesas estão se transformando em focos epidêmicos em meio à expansão da subvariante da ômicron BA2.
Covid-19: as escolas francesas estão se transformando em focos epidêmicos em meio à expansão da subvariante da ômicron BA2. AP - Thibault Camus
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O ministério da Educação nacional francês informou que, nesta sexta-feira (25), 3.080 salas de aula estão fechadas devido à Covid-19, contra 3.184 na semana passada, um número em leve queda, apesar do aumento dos casos. 

O ministério contabilizou 81.424 novas contaminações entre estudantes, contra 52.669 há uma semana. Do lado docentes, o número de casos também aumentou: 10.201 nesta sexta-feira, contra 6.199 na semana passada. 

"Sabemos que estes números não são bons, porque nas escolas o número de casos positivos de Covid-19 só faz aumentar há uma semana entre estudantes e professores. Recomeçamos uma nova onda", se preocupa Guislaine David, secretária geral do principal sindicato de professores do primário na França, o SNUipp-FSU.  

"Temos, então, alunos que usam novamente (a máscara) outros não. Algumas crianças não entendem mais nada", diz Stéphane Crochet, secretária-geral de outro sindicato de professores, o SE-Unsa. 

Recomendação

Os diretores de escola, muito expostos desde o começo da crise sanitária, estão novamente em uma "posição delicada", diz Olivier Flippo, que dirige uma escola em Cergy, nas proximidades de Paris. De acordo com o responsável, ele deve incitar "com jeitinho" as famílias a usarem a máscara em caso de contaminação em uma sala, enquanto a proteção não é mais obrigatória.

Apesar do fim da obrigatoriedade da máscara na França, a proteção continua sendo "muito recomendada" em lugares fechados, a partir de seis anos. Principalmente para pessoas consideradas de alto risco. 

No caso das escolas, a recomendação é o uso durante os sete dias após a confirmação de um caso e, também, para os casos confirmados durante a semana de volta às aulas, após o período de isolamento, de acordo com o protocolo do Ministério de Saúde francês. 

Pais e alunos perdidos

Para Isabelle, mãe de uma aluna de primeiro ano, a resposta é "não". "Eu recebi um email da diretora nos recomendando a colocar a máscara novamente em nossos filhos por causa de um caso na sala. Minha filha de seis anos teve Covid-19 há dois meses. Basta! Eu me recuso a impor isso a ela", diz. 

Desde a semana passada, várias escolas na França recomendam o uso da máscara, principalmente no norte e no noroeste do país, onde a epidemia é mais forte. 

"Tiramos, colocamos, não sabemos mais! Estamos perdidos", diz Stella, aluna do ensino médio na região da Bretanha. 

Após dois anos de coronavírus, os pais de alunos estão desanimados. "Acreditávamos ter chegado ao fim do túnel e na realidade estamos recuando. O cansaço é generalizado", afirma Laurent Zameczkowski, porta-voz da Federação de pais de alunos Peep. 

O número médio de casos de Covid-19 continua a aumentar na França e as hospitalizações não diminuem, de acordo com informações do órgão de Saúde Pública francês. Na quinta-feira (24), foram identificados 148.635 novos casos contra 145.560, quarta-feira (23) e 101.747, sete dias antes.

Com informações de agências.

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