Brigitte Macron denuncia autoras de fake news sobre sua identidade sexual
A primeira-dama da França, Brigitte Macron, entrou na Justiça contra duas mulheres que espalharam rumores na internet de que ela seria uma mulher transgênero. A denúncia foi confirmada nesta sexta-feira (18), após a divulgação da notícia pela emissora francesa M6.
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As duas mulheres denunciadas se apresentam como “médium” e "jornalista independente" e espalharam fake news que envolvem o nome da esposa do presidente francês, Emmanuel Macron. Em dezembro do ano passado, ambas divulgaram no YouTube fotos da primeira-dama e de sua família.
Há vários meses, surgem mensagens nas redes sociais afirmando que Brigitte Macron, cujo sobrenome de nascimento é Trogneux, seria, na verdade, uma mulher transsexual originalmente chamada Jean-Michel. Cerca de 60 mil publicações afirmando que a esposa do presidente francês é transgênero foram publicadas nas redes sociais.
De acordo com a história falsa, uma ampla operação teria sido montada para esconder a verdadeira identidade de Brigitte Macron. A polêmica é acompanhada de acusações mais graves, como pedofilia, contra a esposa do presidente. Os posts também afirmam que ela não seria mãe biológica de seus filhos.
Segundo a emissora M6, os três filhos de Brigitte Macron também denunciaram os fatos à Justiça por violação de privacidade, dos direitos de personalidade e de imagem. Procurado, o advogado de Brigitte Macron não deu declarações. O processo civil prevê uma primeira audiência no dia 15 de junho, na 17ª Câmara do Tribunal de Paris.
Opositores de Macron
De acordo com o jornal francês Libération, as falsas informações vêm sendo divulgadas por perfis de opositores de Macron, ligados à extrema direita, a grupos complotistas e antivacinas.
Brigitte Macron raramente concede entrevistas à imprensa francesa. A diferença de idade dela em relação ao presidente, quase 25 anos mais novo, suscita curiosidade e foi motivo de muitos comentários maldosos durante a campanha presidencial e o mandato do chefe de Estado – inclusive da parte do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro.
Muito além de mulher do presidente, Brigitte foi uma das articuladoras da campanha de Macron e da construção da imagem do casal, o que foi fundamental para a vitória do jovem chefe de Estado.
Em entrevista à rádio francesa FranceInfo, em setembro de 2020, a primeira-dama já relatava evitar as redes sociais. “Não fico à vontade quando não posso responder. Quer dizer, não fico à vontade com o anonimato, com as pessoas sem rosto”, explicou ela, à época. Brigitte Macron diz não compreender tamanha violência e acredita que as pessoas que usam as redes para insultar os outros "são infelizes".
(Com informações da AFP)
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