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Industrial francês é condenado a pagar multa de € 5 mil por contrabando de cloroquina

O Tribunal Penal de Saint-Etienne, no sudeste da França, condenou nesta quinta-feira (2) o industrial René Pich, de 80 anos, a pagar uma multa de € 5 mil, cerca de € 30 mil, por ter importado ilegalmente comprimidos de cloroquina para oferecê-los a seus empregados que contraíssem a Covid-19. Pich é fundador e vice-diretor administrativo do grupo químico SNF.

Empresário francês tinha comprado comprimidos de cloroquina produzidos na Índia, em um site canadense.
Empresário francês tinha comprado comprimidos de cloroquina produzidos na Índia, em um site canadense. REUTERS/George Frey
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O empresário não compareceu à audiência de deliberação do processo. Ele foi considerado culpado de contrabando, aquisição e porte de drogas e terá de pagar ainda uma multa aduaneira de € 1.976 euros. Por outro lado, Pich foi absolvido das acusações de exercício ilegal das profissões de médico e farmacêutico. No entanto, foi condenado a pagar um euro simbólico e € 1.500 em custas judiciais ao Conselho Nacional da Ordem dos Farmacêuticos, que havia prestado queixa contra ele.

O uso da cloroquina no tratamento da infecção causada pelo coronavírus está proibido na França desde maio do ano passado.

Na audiência de 3 de junho, o representante do Ministério Público pediu uma multa de € 50 mil contra o octogenário. Pich alegou ter agido “para salvar vidas, num contexto de carência desta substância [cloroquina], sem saber que se tratava de um produto de importação controlada, e ainda condenado no tratamento da Covid-19 por falta de eficácia científica comprovada.

Pleiteando a liberação, os advogados do industrial argumentaram que nenhum dos 1.350 funcionários franceses do grupo havia finalmente tomado os comprimidos de cloroquina, cujas análises também mostraram que a dosagem estava correta.

René Pich continua a trabalhar e se beneficia de uma aura importante dentro da SNF, uma empresa especializada em tratamento de água, atuante no mercado global e criada há mais de 40 anos. Ele comprou 1.200 comprimidos de cloroquina produzidos na Índia por meio de uma plataforma canadense na internet.

 A investigação foi aberta no início de abril de 2020, após um relatório da Inspeção do Trabalho desencadeado por uma nota do réu informando 384 membros da administração da empresa sobre a aquisição de comprimidos de fosfato de cloroquina, que estavam à disposição dos empregados. 

Com informações da AFP

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