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Covid-19: Alemanha pode adotar novas restrições em fronteira com a França

A Alemanha está preocupada com a situação na região de Moselle, na fronteira com a França, uma das mais atingidas pela pandemia de Covid-19 no país. A chanceler alemã, Angela Merkel, se reúne nesta nesta segunda-feira (22) com representantes do governo para discutir a adoção de novas medidas de precaução na fronteira para evitar a propagação da doença.

O ministro francês da Saúde, Olivier Veran, ao lado do deputado Belkhir Belhaddad, em Metz, no leste da França, em  12 de fevereiro.
O ministro francês da Saúde, Olivier Veran, ao lado do deputado Belkhir Belhaddad, em Metz, no leste da França, em 12 de fevereiro. AFP - JEAN-CHRISTOPHE VERHAEGEN
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A região francesa é classificada atualmente como "área de risco" e contabiliza 283 contaminações por 100.000 habitantes, contra 175 para a região leste e 190 em nível nacional. A taxa de incidência do vírus na Alemanha está abaixo de 60, um terço da registrada na França.

Moselle poderá ser classificada como "área de forte incidência", ou "área atingida pelas variantes do vírus", segundo a imprensa alemã. Se for o caso, o país exigirá um teste negativo de no máximo 48 horas para permitir a entrada no território.

A decisão abre a possibilidade para um fechamento das fronteiras, ainda que parcial. Este já é o caso da fronteira com a República Tcheca e parte da Áustria. As autoridades do Sarre, a região que faz divisa com a Moselle e Luxemburgo, esperam, entretanto, evitar a medida.

Nesta semana, durante uma reunião com os representantes da região leste da França, o chefe alemão do governo regional, Tobias Hans, disse que prefere evitar, na medida do possível, a introdução de novos controles. "Nossa resposta diante desse desafio deve ser europeia e favorecer a coesão, mais do que a separação", declarou, reconhecendo que a situação é "tensa".

O estado do Sarre pretende colocar à disposição das empresas 100.000 testes rápidos que poderão ser utilizados na base do voluntariado. Eles serão destinados principalmente aos trabalhadores franceses que trabalham na região de fronteira. A França e a Alemanha também querem implantar um centro de testes franco-alemão para os profissionais.

Casos voltam a aumentar na França

O porta-voz do governo francês, Gabriel Attal, admitiu neste domingo (21) que as medidas sanitárias rígidas deverão continuar a ser aplicadas na França. A circulação do vírus "aumentou um pouco", declarou em uma entrevista na TV neste fim de semana. "O vírus pode nos surpreender, mas não significa que isso seja uma fatalidade", acrescentou.

Neste sábado (20), o ministro da Saúde, Olivier Véran, declarou que a tendência dos últimos dias "não é boa", com cerca de 22.000 novos casos registrados entre sexta-feira e sábado. Os hospitais franceses continuam lotados, com 25.269 pacientes internados e mais de 3.300 nas UTIS (unidade de terapia intensiva).

O porta-voz do governo disse que o objetivo continua sendo evitar um terceiro lockdown. A situação, entretanto, pode ser avaliada de maneira diferente em função da região. No sudeste do país, por exemplo, onde fica Nice, poderão ser adotadas medidas mais restritivas.

A taxa de incidência na cidade é de 700 casos positivos por 100.000 habitantes e 10% dos testes realizados, muitos da cepa britânica, são positivos. A decisão do governo francês deve ser anunciada entre hoje e amanhã. “A epidemia está fora de controle na região e isso significa que as medidas não são suficientes”, alertou Rémi Salomon, o presidente da comissão médica dos hospitais públicos de Paris.

Em nível nacional, o governo francês vai esperar 10 dias para anunciar novas decisões de flexibilização ou restrição.

 

 

 

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