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França amplia toque de recolher e impõe teste negativo de Covid-19 para viajantes de fora da UE

O governo francês decidiu endurecer as medidas sanitárias para tentar conter a propagação da Covid-19. O toque de recolher, que já estava em vigor a partir das 20h em boa parte do país, começará mais cedo em todo o território. Em razão das novas variantes do vírus, a entrada na França também será dificultada para todos os viajantes vindos de fora da União Europeia, que terão que apresentar um teste negativo para poder pisar no solo francês e serão colocados em quarentena após o desembarque.

O primeiro-ministro francês Jean Castex apresentou as novas medidas sanitárias, entre elas um toque de recolher generalizado a partir das 18h.
O primeiro-ministro francês Jean Castex apresentou as novas medidas sanitárias, entre elas um toque de recolher generalizado a partir das 18h. AP - Ludovic Marin
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A partir do próximo sábado (17), o toque de recolher será imposto em toda a França a partir das 18h. A maior parte dos franceses já estava sujeita a uma medida similar desde meados de dezembro, que era efetiva entre as 20h e as 6h.

O primeiro-ministro Jean Castex explicou que, segundo estudos apresentados até agora, nas 15 regiões onde as restrições de circulação começam às 18h, os índices de contaminação são entre duas ou três vezes inferiores que no resto do país, o que mostraria a eficácia da estratégia.

Sair de casa após às 18h será permitido apenas em situações excepcionais, como já é o caso com o toque de recolher às 20h.

Segundo o premiê, “essas medidas obedecem a uma lógica de frenagem preventiva”. Ele explicou que o toque de recolher a partir das 18h evita que as pessoas se reúnam no final do dia, sem bloquear as atividades econômicas do país. Atualmente, os restaurantes estão fechados e só podem servir em sistema de entrega em domicílio ou take away, enquanto alguns bares servem bebidas nas calçadas, criando aglomerações em bairros mais movimentados. O premiê também sugeriu que, para evitar tumulto em estabelecimentos comerciais em razão da diminuição dos horários de funcionamento, uma abertura suplementar na hora do almoço ou nos domingos não seria descartada.

O novo toque de recolher ficará em vigor durante pelo menos 15 dias, informou Castex durante a coletiva de imprensa. Mas ele insistiu que “se nós constatarmos uma degradação epidêmica forte nos próximos dias, teremos que instaurar um novo confinamento”.

As demais medidas restritivas, como fechamento de teatros e cinemas, continuam em vigor e as escolas permanecem abertas. No entanto, o governo pretende reforçar o protocolo sanitário principalmente nas cantinas dos colégios. Uma campanha de testes dos alunos também será intensificada.

Fronteiras cada vez mais fechadas

O governo também decidiu restringir ainda mais a entrada no país. Segundo Castex, as novas variantes do vírus, que chegam do exterior e que já circulam no território francês, exigem medidas mais firmes.

A partir da próxima segunda-feira (18), a França exigirá um teste negativo de Covid-19 para todos os viajantes oriundos de fora da União Europeia. Eles também terão que se isolar por sete dias e, depois desse prazo, deverão fazer outro teste de Covid-19, acrescentou Castex.

A França registrou na quarta-feira cerca de 23.000 novos casos de Covid-19, um número muito acima dos 5.000 estabelecidos pelo governo para levantar as restrições.

Aceleração da campanha de vacinação

A campanha de vacinação, que foi duramente criticada pela lentidão, entrou em uma nova fase. Desde 4 de janeiro, quando a imunização começou, 318 mil pessoas foram vacinadas, principalmente nas casas de repouso para idosos.

A partir da próxima segunda-feira, maiores de 75 anos terão acesso à vacina. O tratamento também estará disponível para pessoas com patologias que representem um risco de desenvolver uma forma grave da Covid-19, como pessoas com câncer sob tratamento. Uma lista dos casos considerados mais vulneráveis foi colocada à disposição no site do ministério da Saúde. Quem se enquadrar nas categorias indicadas terá que pedir uma autorização médica especial para ter acesso à vacina.

O objetivo do governo é alcançar um milhão de pessoas vacinadas até o final de janeiro.

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