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Covid-19: casos caem na França, "mas ainda é cedo para comemorar", diz governo

Depois de um rápido avanço, a epidemia na França dá sinais de desaceleração. O número de casos positivos e a taxa de incidência estão diminuindo há dez dias consecutivos, disse nesta segunda-feira (16) o ministro da Saúde francês, Olivier Véran. Segundo ele, o país retomou o controle sobre o vírus e pode ter passado a fase crítica dessa segunda onda, um mês depois do toque de recolher e cerca de duas semanas após o início do lockdown, em 30 de outubro. 

O ministro francês da Saúde Olivier Véran, em uma das coletivas de imprensa para apresentar o balanço da pandemia de Covid-19, no final de outubro.
O ministro francês da Saúde Olivier Véran, em uma das coletivas de imprensa para apresentar o balanço da pandemia de Covid-19, no final de outubro. AP - Ludovic Marin
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"Tudo leva a crer que nós ultrapassamos o pico epidêmico", disse o ministro. Segundo ele, "graças ao confinamento, o vírus está circulando menos". 

Entrentanto, o ministro francês lembrou que, se a situação está melhorando, o vírus ainda "não foi vencido". Ele pediu à população que "não relaxe" nas medidas de proteção. Ainda é cedo para comemorar, lembrou, e a maneira como os franceses poderão celebrar as festas de final de ano ainda permanece uma incógnita.

Ainda há muitas incertezas, disse Véran, que prometeu flexibilizar as medidas do lockdown se a epidemia recuar, mas sem colocar um fim a todas as restrições - atualmente os franceses só podem sair de um casa com um documento que ateste o deslocamento por motivos específicos. Passear, só se for em um raio de um quilômetro em torno do domícilio. Bares, restaurantes e lojas que vendem produtos considerados "não essenciais" estão fechados. 

"Estamos retomando progressivamente o controle da epidemia, mas ainda há muitas contaminações", disse Véran à imprensa francesa no aeroporto de Lyon-Bron, onde ele assistiu à transferência de dois pacientes em estado grave de um hospital da cidade para outro estabelecimento em La Rochelle, no oeste do país.

A situação ainda é tensa em certos estabelecimentos franceses, que estão superlotados. Em nível nacional, mais de 33 mil pessoas continuam hospitalizadas, sendo que 4.896 estão nas unidades de terapia intensiva - o que corresponde quase à totalidade das capacidades iniciais de atendimento das UTIs do país.

Internações começaram a cair em 9 de novembro

A pressão é grande nos estabelecimentos, mas o número de internações vem diminuindo desde o dia 9 de novembro. O índice de entrada das UTIS caiu abaixo de 3.000 nos últimos sete dias. O nível de contágios, ainda que tenha diminuído, continua elevado, e entre 20.000 e 30.000 pessoas recebem um diagnóstico diariamente.

O R0, a taxa de reprodução do vírus, que corresponde ao número de pessoas infectadas a partir de um caso positivo, é atualmente de 0,81 - abaixo de 1. Esse número significa que a epidemia está regredindo, mas ainda serão necessárias várias semanas até normalizar a situação nos estabelecimentos. "Parece que houve uma queda, mas os hospitais continuam cheios", disse o chefe do Pronto-Socorro do Hospital Georges Pompidou, Philippe Juvin, à rádio Europe 1. 

 

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