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Fim do confinamento na França: a cautelosa volta gradativa às aulas

Mais de um milhão de alunos da pré-escola e do ensino fundamental de um total de quase sete milhões de estudantes retornam à escola nesta terça-feira (12). A volta é limitada pela capacidade dos estabelecimentos de ensino na adoção das medidas de segurança necessárias. Os professores terão a pesada tarefa de zelar pelo cumprimento dos gestos de contenção e medidas de proteção para evitar a propagação do coronavírus entre as crianças.

Na França, neste segundo dia de flexibilização do isolamento, um milhão de crianças do ensino fundamental voltam às aulas a partir desta terça-feir.a
Na França, neste segundo dia de flexibilização do isolamento, um milhão de crianças do ensino fundamental voltam às aulas a partir desta terça-feir.a REUTERS - STEPHANE MAHE
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Reportagem do enviado especial da RFI Nicolas Falez

Eles eram 14 na manhã desta terça-feira (12) a cruzar o pórtico verde da pequena escola de Ravigny, na comunidade de Mayenne, no oeste da França.

O vilarejo tem pouco mais de 200 habitantes. Em tempos normais, 27 alunos se acotovelam nas carteiras escolares. A escola tem apenas uma sala e um professor. Mas, como em toda a França, é um estabelecimento que foi transformado e adaptado.

Sinais coloridos no pátio de recreio definem os espaços para brincar, com flechas no chão e outras marcas foram feitas para indicar as distâncias a serem respeitadas. O ato de lavar as mãos é repetido sistematicamente o dia todo.

Protocolo de segurança sanitária tem 60 páginas

Na França, a volta às aulas acontece de maneira diferenciada de região para região, pois a retomada depende principalmente de cada prefeitura. Os alunos da escola maternal e final do ensino fundamental são os primeiros convocados.

Para respeitar o protocolo sanitário, limitou-se o número de estudantes a 15 no máximo por sala. Apenas uma minoria - cerca de um milhão - poderão, portanto, rever seus professores após um mês e meio de aulas à distância. Outros 500 mil serão os próximos durante a semana.

Gestos para barrar a contaminação

Além de lavar as mãos repetidamente, o uso de máscaras para os professores, além do respeito da distância física, também fazem parte do protocolo estabelecido pelo governo.

O ministro da Educação Nacional, Jean-Michel Blanquer, afirmou que 86% das escolas vão reabrir até sexta-feira (15). As aulas vão funcionar majoritariamente em grupos divididos em dois, alternando a cada semana uma metade presente em salas e a outra, à distância.

As prioridades de volta foram dadas a alunos com deficiência, filhos de pessoas que trabalham no setor de saúde, estudantes que necessitam de atenção especial e aqueles cujos pais não podem tomar conta deles em casa. Esse retorno é feito na base do voluntariado.

A volta às aulas na Franca tem sido considerada precipitada pela oposição ao governo. Segundo uma pesquisa Harris, 82% dos professores se dizem preocupados com o retorno.

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