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Epidemia

França registra primeira morte por coronavírus na Europa

O turista chinês de 80 anos que estava hospitalizado na UTI de um hospital parisiense desde o fim de janeiro, com a pneumonia provocada pelo coronavírus, morreu. A ministra da Saúde francesa, Agnès Buzyn, anunciou neste sábado (15) a morte do idoso, ocorrida na noite de sexta-feira (14). O turista chinês é a "a primeira vítima do vírus fora da Ásia e a primeira na Europa", acrescentou a ministra.

Turista asiática usa máscara de proteção ao visitar a Torre Eiffel, em Paris.
Turista asiática usa máscara de proteção ao visitar a Torre Eiffel, em Paris. ©REUTERS/Gonzalo Fuentes
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O turista chinês, proveniente da província de Hubei, havia chegado à França no dia 16 de janeiro. O diagnóstico de que ele era portador do coronavírus só foi realizado no dia 25 de janeiro e, desde então, ele permaneceu internado no Hospital Bichat, centro de referência para pacientes com o novo coronavírus na região parisiense.

Desde o início da epidemia, em dezembro na China, a França registrou 11 casos da infecção viral. Quatro pacientes já deixaram o hospital e seis permanecem internados para tratamento. Segundo a ministra da Saúde, nenhum paciente causa preocupação. O caso do idoso chinês era o mais grave.

O governo francês repatriou dezenas de franceses que estavam na província de Hubei, epicentro da epidemia. Os primeiros repatriados já deixaram os 14 dias de quarentena sem apresentar sinais da doença.

Mais de 1.500 mortos na China

Até agora, foram registradas apenas três mortes fora da China continental: nas Filipinas, Hong Kong e Japão. A China concentra, com 1.523 mortes, 99,9% das vítimas registradas no mundo pelo novo coronavírus. O país tem mais de 66.000 pessoas infectadas.

Médicos e enfermeiros em contato direto com os pacientes são cada vez mais afetados pela pneumonia, com ao menos 1.700 casos entre os profissionais da saúde.

O continente africano registrou na sexta-feira o primeiro caso de coronavírus, com uma pessoa infectada no Egito.

Ministro fala em epidemia controlada mas pede ajuda do Vaticano

As autoridades de Pequim passaram a exigir que aqueles que retornarem à capital após as férias fiquem em quarentena por 14 dias, para conter a propagação da doença, sob pena de sanções. Não se sabe, porém, como as autoridades poderão aplicar a medida. A epidemia, que surgiu na província de Hubei (centro), conseguiu, em parte, se espalhar pelo fato de que milhões de pessoas se deslocaram no final de janeiro por ocasião do feriado do Ano Novo Lunar.

As férias na China foram estendidas para evitar mais contágios, mas, pouco a pouco, nas últimas duas semanas, as pessoas têm retornado ao trabalho – muitas delas de casa – enquanto as escolas permanecem fechadas.

Neste sábado, durante uma reunião histórica em Munique com seu colega do Vaticano, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse que a epidemia está "efetivamente controlada". No entanto, o ministro chinês afirmou que o Vaticano pode desempenhar um papel construtivo ao incentivar a comunidade internacional a apoiar os esforços do país para combater a epidemia "de maneira objetiva, racional e científica".

Estados Unidos vão repatriar americanos em cruzeiro no Japão

Os Estados Unidos decidiram evacuar os americanos a bordo do navio Diamond Princess, em quarentena desde o início de fevereiro na costa do Japão. Neste sábado, foram confirmados 67 novos casos da doença no navio, elevando para 285 o número de passageiros e tripulantes infectados pelo coronavírus dentre as 3.700 pessoas que iniciaram o cruzeiro.

Ao retornar à Califórnia, os americanos deverão ficar em isolamento por 14 dias.

* Com informações de agências

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