Francês coroado melhor chef do mundo anda de metrô, faz artes marciais e usa pó de guaraná
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Em sua primeira edição de 2020, a revista francesa Paris Match publica um perfil do chef francês Guy Savoy, dono do restaurante estrelado que leva seu nome no Palácio da Moeda (La Monnaie), em Paris.
Em dezembro passado, pelo quarto ano consecutivo, o restaurante Guy Savoy foi eleito o melhor do mundo, segundo "A Lista", uma classificação francesa das mil melhores mesas do planeta. Apesar da fama internacional e do império gastrônomico que construiu, com vários restaurantes na França e nos Estados Unidos, Guy Savoy permanece um homem modesto e de hábitos simples.
Ele dispensa o carro e prefere usar o metrô para ir e voltar diariamente do trabalho. Com a rotina exigente, à frente de 40 pessoas na cozinha, o chef de 66 anos diz que só começou a pensar na saúde depois dos 50 anos de idade. Quando começou, porém, nunca mais largou o mesmo personal trainer, com quem faz aulas, há 16 anos, de boxe tailandês e kung fu. Brincalhão, Guy fala que é melhor começar o esporte aos 50 do que parar nessa idade. Sua poção mágica, para aguentar intensas horas de trabalho em pé na cozinha, é uma bebida energizante bem conhecida dos brasileiros: limonada com pó de guaraná.
Amigos artistas
Um dos maiores prazeres do chef é reunir os amigos, muitos deles artistas, para promover sessões de degustação das novas receitas que inventa antes de incorporá-las ao cardápio de seus restaurantes. Todos os anos, Guy Savoy organiza uma caminhada nas montanhas, com a turma de amigos, para ter mais tempo para o bate-papo sem a pressão da cozinha.
Filho de pai jardineiro e mãe dona de restaurante em Bourgoin-Jallieu, cidade de 56.000 habitantes perto de Grenoble, nos pés dos Alpes, Guy Savoy diz que seu único luxo é a paixão por arte contemporânea. "Herdei da minha mãe, que morreu no ano passado, o gosto de cozinhar e de receber amigos ou desconhecidos em torno de um bom prato. Reconheço que, à parte esses hábitos simples, às vezes sou tomado por uma febre compulsiva que me leva a comprar objetos de arte."
A mulher de Guy Savoy confirma a simplicidade do chef na intimidade, apesar do sucesso que ele alcançou e da fama internacional.
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