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Migrantes/Paris

“Ciclo infernal”: Mais de 500 migrantes são novamente retirados de acampamento em Paris

Mais de 500 migrantes foram evacuados e levados para abrigos nesta quinta-feira (28), durante uma nova operação de "acolhimento", de acordo com a terminologia das forças de segurança francesas. Eles dormiam em um acampamento no nordeste de Paris.

Campo de migrantes em Porte d'Aubervilliers, no nordeste de Paris.
Campo de migrantes em Porte d'Aubervilliers, no nordeste de Paris. Christophe ARCHAMBAULT / AFP
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A operação, a 60ª do tipo na capital desde o início da crise migratória em 2015, foi enquadrada por uma grande força policial e conduzida em um ambiente calmo, três semanas após a evacuação de outro acampamento em Porte de la Chapelle, na mesma área da cidade. Na primeira etapa, 1.600 migrantes foram levados para abrigos temporários.

"Mais de 500 pessoas, incluindo 216 em situação de vulnerabilidade, foram levadas para abrigos dedicados a migrantes ou centros de triagem". "Continuamos a levar migrantes para os abrigos até o desmantelamento total dos acampamentos”, informou o porta-voz da secretaria de segurança pública de Paris.

"Ciclo infernal" de evacuações

Desta vez, a operação foi supervisionada por policiais como exigido por várias ONGs de assistência a migrantes. Elas haviam reclamado uma semana antes de uma operação do mesmo tipo, que teve de ser abortada por causa da falta de supervisão policial. As autoridades se comprometeram a concluir o desmantelamento dos campos insalubres no nordeste de Paris nas próximas semanas e a evitar qualquer reinstalação dos migrantes nesses acampamentos.

Mas, para as associações, aguardar a evacuação completa em duas etapas, causa muitos problemas. Por vários dias, "vimos o retorno às ruas" de muitos migrantes cujos bens escassos foram "destruídos" e que encontraram refúgio especialmente em Porte d'Aubervilliers, onde as barracas em que eles dormiam ainda se encontram próximas a uma avenidas de circulação rápida. A denúncia foi feita nesta quinta-feira por cerca de 23 associações para a defesa de exilados, incluindo a Médicos do Mundo.

As ONGs também evocam o "assédio policial que controla, dispersa e torna os migrantes invisíveis" e alertam "sobre este ciclo infernal" de evacuações e de retorno aos acampamentos.

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