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AirBnb/JO 2024/Paris

Rede hoteleira da França suspende apoio aos Jogos Olímpicos 2024 após patrocínio do AirBnb

A rede hoteleira da França continua furiosa contra a parceria assinada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) com a plataforma Airbnb, e anunciou nesta quarta-feira (20), em retaliação à decisão do COI, "suspender sua participação" na organização dos Jogos Olímpicos de 2024.

Airbnb anuncia parceria com COI para Jogos Olímpicos até 2028
Airbnb anuncia parceria com COI para Jogos Olímpicos até 2028 REUTERS/Charles Platiau/File Photo
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Reunidos em Biarritz para o 67º congresso de Umih, a principal organização de empregadores do setor, os profissionais da rede hoteleira e de restaurantes da França se mostraram indignados com a chegada do gigante do aluguel de casas particulares – o AirBnb -, entre os principais patrocinadores do COI, anunciado na segunda-feira (18).

"A plataforma já reluta em cobrar a taxa de turismo, identificando os contribuintes e seus endereços de maneira clara, conforme a lei o exige, a partir de 1º de janeiro deste ano", denunciou Laurent Duc, presidente da Umih Hoteleira.

Furiosos, "os hoteleiros suspenderão sua participação na organização dos Jogos Olímpicos de 2024", disse Duc, à margem do congresso nacional, que reúne 600 profissionais de todo o país. Em termos concretos, eles não vão mais participar das reuniões preparatórias para os Jogos, aguardando esclarecimentos, disse o Umih.

"Trabalhamos com [profissionais de hotelaria] há vários anos. Por exemplo, já reservamos mais de 40.000 quartos para eventuais necessidades em 2024", sublinhou o chefe dos Jogos Olímpicos de Paris-2024, Tony Estanguet, em comunicado oficial. O comitê organizador afirmou ainda negociar com a Umih a reserva de muitos quartos para acomodar atletas e espectadores.

“Escolha desrespeitosa”

Mas a escolha do AirBnb como patrocinador foi, segundo a maior rede hoteleira da França, "totalmente desrespeitosa com os profissionais que se encontravam completamente engajados nessa fase preparatória”. Especialmente porque, segundo a Umih, "a oferta de hotéis na Grande Paris foi um trunfo decisivo na candidatura da cidade".

A rede de hotéis, que criticou fortemente a escolha do AirBnb com o COI, expressou nesta quarta-feira seu apoio aos hoteleiros, considerando "normal" seu "alarme" contra a "desestabilização" causada pela plataforma geral e reivindicando mais uma vez "uma resposta política" para melhor proteger a rede de hotéis e restaurantes.

Há um ano, a Umih processou o Airbnb no Tribunal Comercial de Paris por "concorrência desleal", acusando-o de publicar anúncios on-line polêmicos, propondo locações que excedem o prazo legal de 120 dias por ano, não-declaradas ou mesmo sublocações abusivas.

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