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Funcionários da Amazon e ativistas na Europa organizam protestos em plena Black Friday

Os funcionários da Amazon e ativistas escolheram a Black Friday, nesta sexta-feira (24), para organizar protestos em vários países europeus contra a gigante do comércio eletrônico. As greves e mobilizações estão previstas em mais de trinta países, de acordo com o coletivo  "Make Amazon Pay".

Funcionários da Amazon organizam protestos na Europa em plena Black Friday
Funcionários da Amazon organizam protestos na Europa em plena Black Friday REUTERS - PASCAL ROSSIGNOL
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Na França, a associação Attac incentivou ativistas a colar cartazes e faixas em locais de entrega da Amazon, impedindo motoristas e clientes de recuperar seus pacotes. A Attac, que considera a Black Friday uma "celebração da superprodução e do consumo excessivo", espera que o evento tenha mais adesão do que no ano passado.

Mais de 1.000 funcionários do depósito da Amazon em Coventry, cidade industrial no oeste da Inglaterra, também farão greve nesta sexta-feira, segundo o sindicato GMB, para exigir melhores salários. Os sindicalistas também estão organizando uma manifestação na sede da Amazon em Londres.

Na Itália, o sindicato CGIL convocou uma paralisação no armazém Castel San Giovanni, e o sindicato espanhol chamou os trabalhadores dos armazéns e serviços de entrega da Amazon para uma greve de uma hora no Cyber Monday, que acontece na segunda-feira seguinte ao Black Friday. 

Greve na Alemanha

Na Alemanha, o segundo maior mercado da Amazon em 2022, funcionários entrarão em greve por 24 horas a partir de meia-noite na quinta-feira para pedir um acordo coletivo sobre salários, de acordo com o sindicato Verdi.

A ação está prevista em cinco dos vinte depósitos da gigante da logística na Alemanha - em Leipzig, Rheinberg, Dortmund, Bad Hersfeld e Koblenz, ou seja, em cinco regiões - onde as encomendas são preparadas antes de serem encaminhadas. O sindicato pede "melhores salários e condições de trabalho", segundo um comunicado.

O impacto desse movimento social, no entanto, deve ser insignificante, segundo um porta-voz da Amazon. "Os clientes podem contar, como de costume, com entregas confiáveis e pontuais", acrescentando que os colaboradores já usufruem de um "salário justo e benefícios atrativos".

O salário inicial por hora na Amazon é de € 14, de acordo com o grupo, em comparação com € 12 para o "salário mínimo" alemão. Mais da metade dos funcionários da Amazon  na Alemanha trabalham lá há mais de cinco anos, acrescentou.

O sindicato Verdi baseia suas reivindicações no acordo coletivo para o setor varejista, que não tem adesão da sede da Amazon nos EUA. "Apenas os acordos coletivos oferecem proteção vinculante aos funcionários contra arbitrariedades corporativas", disse Silke Zimmer, chefe da divisão de varejo da Verdi, em comunicado.

A primeira greve na Amazon, na Alemanha, foi há 10 anos. Desde então, a mobilização se ampliou e resultou em melhores condições de trabalho, segundo o sindicato.

Realizada no dia seguinte ao Dia de Ação de Graças, a "Black Friday" dos Estados Unidos se espalhou pela Europa e além, com varejistas online e físicos oferecendo descontos para iniciar a temporada de compras de presentes de Natal.

Com informações da AFP

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