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Kiev diz que mais de 26 mil ucranianos desapareceram desde o começo da guerra

Mais de 26 mil ucranianos, entre eles 15 mil militares, estão desaparecidos desde o começo da invasão russa em fevereiro de 2022, de acordo com Kiev, que nunca divulgou o número de baixas entre seus soldados. Nesta quinta-feira (5), ao menos 49 civis morreram em um ataque em um supermercado no leste do país.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky visita o Muro Memorial dos Defensores Caídos pela Ucrânia, em Kiev, na Ucrânia, em 1° de outubro de 2023.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky visita o Muro Memorial dos Defensores Caídos pela Ucrânia, em Kiev, na Ucrânia, em 1° de outubro de 2023. via REUTERS - UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SER
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Entre os desaparecidos ucranianos “11 mil são civis e por volta de 15 mil, militares”, indicou o vice-ministro do Interior, Leonid Tymtchenko, na televisão nacional, nesta quinta-feira.

A porta-voz do ministro, Mariana Reva, precisou que “são pessoas de quem não temos notícia” e cujo desaparecimento está relacionado com o conflito, incluindo nos territórios ocupados pelo Exército russo.

O balanço provisório diz respeito apenas aos ucranianos cujos dados puderam ser “oficialmente verificados”, disse ela. “Esta cifra poderia aumentar” à medida que as verificações continuarem, lamentou Reva.

A Ucrânia não revelou o número total de perdas humanas na guerra com a Rússia. As mortes de civis nos ataques russos são comunicadas cotidianamente pelas autoridades, mas as perdas militares nunca são reveladas.

O jornal americano New York Times recentemente estimou que 70 mil militares ucranianos tinham morrido e entre 100 mil e 200 mil foram feridos desde o começo da invasão, baseando-se em informações de fontes americanas, sob anonimato.

O balanço russo seria bem mais pesado, com 120 mil mortos e pelo menos 170 mil feridos. No entanto, as reservas russas são significativamente maiores, uma vantagem a longo prazo.

Ataque a supermercado

O número de civis mortos aumenta diariamente no lado ucraniano. Ao menos 51 pessoas morreram em um bombardeio russo que atingiu, nesta quinta-feira, um supermercado em uma cidade da região de Járkov, no leste da Ucrânia, de acordo com as autoridades ucranianas.

O presidente Volodymyr Zelensky denunciou um “ataque terrorista completamente deliberado” ao município, que fica próximo à cidade de Kupiansk e da linha de frente que separa as forças ucranianas das russas.

A coordenadora humanitária da ONU para a Ucrânia, Denise Brown, disse estar "consternada" com o ataque. “As imagens vindas desta localidade, onde vivem pouco mais de 300 pessoas, são absolutamente horríveis”, escreveu ela em comunicado.

O ataque aconteceu por volta das 13h15 no horário local e atingiu um pequeno supermercado e um café da cidade de Groza, informou o governador regional, Oleg Synegubov, no Telegram.  

Antes da guerra, Groza contava com 500 habitantes. Entre os mortos está uma criança de seis anos, acrescentou o governador.

Zelensky publicou uma foto de várias pessoas sem vida no chão. As imagens publicadas por Synegubov mostram escombros e equipes de socorro.  

(Com AFP)

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