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Davos: apesar de não ser principal preocupação, crise climática entrou no debate do Fórum Econômico Mundial

O 53º Fórum Econômico Mundial de Davos se encerra nesta sexta-feira (20). Pela primeira vez em anos, a crise climática não foi uma das principais preocupações do encontro, mas a determinação de alguns participantes fez o tema figurar na agenda do evento, mesmo sem ser convidado, entre eles, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres e a ativista climática sueca Greta Thunberg.

As militantes equatoriana Helena Gualinga, ugandense Vanessa Nakate e sueca Greta Thunberg, em evento às margens do Fórum Econômico Mundial em Davos, em 19 de janeiro de 2023.
As militantes equatoriana Helena Gualinga, ugandense Vanessa Nakate e sueca Greta Thunberg, em evento às margens do Fórum Econômico Mundial em Davos, em 19 de janeiro de 2023. AP - Markus Schreiber
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Mounia Daoudi, enviada especial da RFI a Davos

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, acusou as gigantes do petróleo de terem "vendido a grande mentira" ao esconder as informações que tinham sobre o aquecimento global.

Para Antonio Guterres, os produtores de combustíveis fósseis sabiam desde a década de 1970 que seu principal produto iria "queimar nosso planeta". E mesmo assim continuam "lutando para aumentar a produção, quando sabem que é incompatível com a sobrevivência da humanidade", denunciou o chefe da ONU que pediu uma ação legal contra as companhias petrolíferas. 

COP28: a nomeação que chocou o mundo

A acusação seguinte veio do ex-vice-presidente dos Estados Unidos e ativista climático, Al Gore, que denunciou a falta de ambição dos líderes políticos. O fracasso absoluto, segundo ele, é a nomeação do sultão Ahmed al-Jaber, chefe da petrolífera ADNOC (Abu Dhabi National Oil Company), dos Emirados Árabes Unidos, como presidente da COP 28. 

"Ainda que ele seja simpático e inteligente, o conflito de interesses mina a confiança, em um momento em que os ativistas acusam os que estão no poder de não fazerem seu trabalho", disse Al Gore. "Não podemos deixar que as empresas petrolíferas e os estados ditem seu ritmo", disse exasperado.

Greta Thunberg mobilizada contra os combustíveis fósseis

Uma indicação absurda para a ativista Greta Thunberg que veio a Davos, mas falou fora do recinto do centro de convenções, cercado de forte segurança. 

A jovem sueca pediu uma pressão pública maciça contra os combustíveis fósseis e anunciou uma petição para acabar com a exploração deste tipo de energia por multinacionais. Um texto que já contava com mais de 910 mil assinaturas na quinta-feira (19), no início da tarde.

Nesta sexta-feira, ela e outros jovens militantes pelo clima participaram de uma pequena manifestação, para acusar a elite mundial, reunida para o Fórum Econômico, de não fazer o suficiente para diminuir as emissões de gases de efeito estufa. 

Thunberg acusou, na quinta-feira, o evento de reunir "as pessoas que mais alimentam a destruição do planeta" para ouví-las. 

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