Acessar o conteúdo principal

Começa em Minsk julgamento à revelia da opositora bielorussa Tikhanovskaya

Começou nesta terça-feira (17) em Belarus o julgamento à revelia da opositora bielorussa Svetlana Tikhanovskaya. Refugiada na Lituânia, ela é processada por uma dezena de acusações, entre elas, traição e conspiração para tomar o poder de maneira inconstitucional.

A opositora bielorussa Svetlana Tikhanovskaya vive refugiada na Lituânia.
A opositora bielorussa Svetlana Tikhanovskaya vive refugiada na Lituânia. AFP - FABRICE COFFRINI
Publicidade

Em Davos, na Suíça, a opositora de 40 anos classificou o julgamento em Minsk de "farsa" e "vingança pessoal" do presidente bielorusso Alexandre Lukashenko. "É um espetáculo, é uma farsa, não tem nada a ver com justiça", denunciou nesta segunda-feira (16) a opositora que vive exilada e participa do Fórum Econômico Mundial. "Em Belarus não há julgamento justo. Vivemos na anarquia absoluta em nosso país”, acrescentou Tikhanovskaya.

Em 2020, ela disputou a eleição presidencial e se tornou o rosto da revolta da população contra a contestada reeleição do líder autoritário Lukashenko, no poder há três décadas. Desde a vitória do chefe de Estado, a repressão se intensificou em Belarus.

Além de Tikhanovskaya, quatro de seus aliados também serão julgados, em um processo denunciado como mais um capítulo da violenta política de repressão de Lukashenko. Todos os réus estão exilados.

Tikhanovskaya entrou para a disputa da presidência de Belarus depois que o marido dela, Sergei Tikhanouski, um conhecido blogueiro de 44 anos, foi preso, em 2020, enquanto concorria contra Lukashenko.

Os defensores dos direitos humanos estimam que aproximadamente 1.500 pessoas estão presas por razões políticas em Belarus. No poder desde 1994, Lukashenko é um aliado próximo da Rússia.

Exercícios militares conjuntos

Desde a segunda-feira, Belarus participa de exercícios militares aéreos com a Rússia. De acordo com o governo, as manobras são de natureza defensiva, para se preparar para possíveis situações de combate, um anúncio que vem em meio a preocupações crescentes de que Moscou esteja pressionando Minsk a se juntar à ofensiva na Ucrânia.

Em mensagem publicada na conta do ministério no Telegram, o ministro da Defesa bielorrusso, Pavel Mouraveyko, assegurou que as manobras devem durar até 1º de fevereiro.

"Será um conjunto de medidas para preparar nossa aviação e a força aérea russa para realizar missões de combate relevantes", afirmou Mouraveyko, indicando que os exercícios incluiriam o "reconhecimento de aeronaves" e o desvio de ataques aéreos.

(Com informações da AFP e da Reuters)

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.