Acessar o conteúdo principal

Rússia acusa Kiev de matar quatro pessoas em retirada de civis de Kherson

Autoridades pró-Rússia na região de Kherson, no sul da Ucrânia, acusaram nesta sexta-feira (21) as forças de Kiev pela morte de quatro pessoas em um bombardeio na ponte Antonovsky, que liga as margens norte e sul do rio Dnieper. A rota vem sendo usada para a retirada de moradores da região, enquanto os bombardeios continuam em outras regiões da Ucrânia.

Esta foto, tirada de um vídeo divulgada em 20 de outubro de 2022 pela milícia Donetsk People's Republic (DNR), apoiada pela Rússia, mostra supostamente civis reunidos antes de atravessarem o rio Dnieper em um barco. Oficiais pró-Kremlin dizem que estão retirando civis de Kherson, a principal cidade do sul da Ucrânia.
Esta foto, tirada de um vídeo divulgada em 20 de outubro de 2022 pela milícia Donetsk People's Republic (DNR), apoiada pela Rússia, mostra supostamente civis reunidos antes de atravessarem o rio Dnieper em um barco. Oficiais pró-Kremlin dizem que estão retirando civis de Kherson, a principal cidade do sul da Ucrânia. AFP - -
Publicidade

 “A cidade de Kherson, como uma fortaleza, está preparando sua defesa”, disse Kirill Stremoussov, vice-chefe da ocupação russa em Kherson, no Telegram, após confirmar as mortes.

A Rússia mantém o plano que visa atingir as infraestruturas na Ucrânia. Nesta quinta-feira (20), Kiev acusou Moscou de colocar minas em uma represa de uma usina hidrelétrica no sul do país, que impôs um racionamento de energia para aliviar o impacto dos bombardeios russos.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, disse temer "uma catástrofe" se a barragem for destruída. Essa estratégia pode provocar um novo êxodo de ucranianos para o bloco europeu, alertou Zelensky, instando os países da UE a fornecerem defesas antiaéreas mais sofisticadas a Kiev. As ofensivas de Moscou já destruíram quase um terço das usinas da Ucrânia.

Na capital ucraniana, o prefeito Vitali Klitschko pediu à população, empresas e comércios que "economizem ao máximo" o consumo em iluminação e publicidade. "Até mesmo as pequenas economias de cada lar vão ajudar a estabilizar o sistema energético do país", disse. Em Kharkiv (nordeste), a segunda maior cidade da Ucrânia, a operadora do metrô vai aumentar os intervalos entre os trens para economizar eletricidade.

Paralelamente, as autoridades ucranianas denunciaram uma série de explosões que abalaram, nesta sexta-feira de manhã, as cidades de Kharkiv e Zaporíjia. De acordo com o prefeito de Kharkiv, Ihor Terekhov, uma área industrial foi atingida por vários mísseis. Os socorristas estão no local e avaliam os danos.

Apoio do Irã a Moscou

Os Estados Unidos asseguraram que o Irã está diretamente envolvido na guerra na Ucrânia. O governo do país estaria enviando militares à península da Crimeia para ajudar as forças russas a operarem os drones kamikaze de fabricação iraniana, que Moscou teria utilizado nos ataques à Ucrânia.

"Os militares iranianos ajudaram a Rússia nessas operações", declarou em Washington o porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby. As acusações aumentam a pressão sobre o Irã, que já foi alvo de sanções ocidentais por ter fornecido drones kamikaze à Rússia, uma acusação que tanto Moscou como Teerã negam.

Porém, a UE e os Estados Unidos disseram ter provas de que o Irã forneceu os drones Shahed-136, que teriam causado a morte de cinco pessoas, na segunda-feira (17) em Kiev, assim como a destruição de infraestruturas civis.

(Com informações da AFP)

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.