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Número de refugiados ucranianos supera a marca de 4 milhões, segundo a ONU

Quase um décimo da população da Ucrânia já deixou o país desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro. Mais de 4 milhões de ucranianos, em sua maioria mulheres e crianças, vivem hoje como refugiados em outros países, segundo estimativa do Alto Comissariado da ONU para refugiados (ACNUR) divulgada nesta quarta-feira (30).

Refugiados fazem fila para entrar em um ônibus e deixar a Ucrânia em direção à Polônia. O país vizinho já recebeu mais de 2,3 milhões de ucranianos desde o início da invasão russa.
Refugiados fazem fila para entrar em um ônibus e deixar a Ucrânia em direção à Polônia. O país vizinho já recebeu mais de 2,3 milhões de ucranianos desde o início da invasão russa. AFP - WOJTEK RADWANSKI
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A maioria desses refugiados está na Polônia, país europeu que faz fronteira com a Ucrânia: mais de 2,3 milhões de ucranianos foram acolhidos em território polonês.

O chefe da Acnur, Filippo Grandi, chegou hoje à cidade de Lviv, a oeste da Ucrânia, onde discutirá com as autoridades e entidades humanitárias formas de apoiar a população que tenta deixar o país ou se refugiar em áreas mais calmas da Ucrânia. 

Na semana passada, a ministra alemã de Relações Exteriores, Annalena Baerbock, afirmou que esta seria "a maior crise humanitária" na Europa desde a Segunda Guerra Mundial e previu que o número de refugiados possa chegar a 10 milhões se a guerra continuar pelas próximas semanas.

Negociações avançam, mas sem cessar-fogo

Ao longo da terça-feira (29), representantes ucranianos e russos se reuniram em Istambul e avançaram nas negociações para chegar a um acordo para o fim da guerra. A Rússia se comprometeu a reduzir as ações militares na região de Kiev e Chernihiv, enquanto a Ucrânia ofereceu sua neutralidade na região e a desistência de fazer parte da Otan.

Apesar do avanço, a Rússia ainda está longe de aceitar um cessar-fogo no país vizinho. Ao longo de toda a madrugada desta quarta, a cidade de Chernihiv, norte da Ucrânia, foi alvo de bombardeios, segundo afirmou o governador da região Viacheslav Chaus, por mensagem do Telegram.

Chaus mencionou a destruição de prédios civis e destacou que a cidade continua sem água e energia elétrica. A cidade, que tinha 280 mil habitantes antes da guerra, está "sem comunicação e não conseguimos mais repará-las", acrescentou o governador, que também citou ataques contra Nizhyn, na mesma região.

Além disso, o presidente francês Emmanuel Macron tentou sem sucesso ontem negociar com o russo Vladimir Putin uma operação de retirada dos 170 mil ucranianos que seguem em Mariupol, cidade mais castigada pelos ataques russos até o momento.

Putin foi evasivo e disse que vai pensar na proposta, mas colocou como condição para o cessar-fogo a entrega das armas por parte da resistência nacionalista ucraniana.

(Com informações de agências internacionais)

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