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"Rússia fabrica ameaças que não existem", dizem EUA sobre alerta de "forças de dissuasão nuclear"

Os Estados Unidos denunciaram, neste domingo (27), um ato "inaceitável" da Rússia ao acionar o alerta da força de dissuasão nuclear de suas Forças Armadas. O país acusou Vladimir Putin de "fabricar ameaças que não existem." 

A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, durante uma coletiva em janeiro deste ano.
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, durante uma coletiva em janeiro deste ano. AP - Andrew Harnik
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Em entrevista ao canal CBS, a embaixadora americana da ONU, Linda Thomas-Greenfield, denunciou as ações do presidente russo. "Devemos continuar a denunciar suas ações da maneira mais severa possível", acrescentou. 

"Trata-se de um esquema repetitivo da parte do presidente Putin durante este conflito, que é o de fabricar ameaças que não existem para justificar suas agressões", denunciou Jen Psaki, porta-voz da Casa Branca. "Em momento algum a Rússia foi ameaçada pela Otan ou pela Ucrânia. Vamos resistir. Temos capacidade para nos defendermos", acrescentou.

O presidente russo, Vladimir Putin, havia anunciado mais cedo neste domingo (27) que colocaria em alerta a "força de dissuasão" do Exército russo, que pode incluir um componente nuclear, no quarto dia da invasão da Ucrânia por Moscou."Ordeno ao ministro da Defesa e ao chefe do Estado-Maior que coloquem as forças de dissuasão do Exército russo em alerta especial de combate", disse Putin em uma reunião com os líderes militares russos.

Para a Otan, o alerta é "irresponsável". "Esta é uma retórica perigosa. Este é um comportamento irresponsável", disse o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, à CNN. "E, é claro, se você combinar essa retórica com o que eles estão fazendo na Ucrânia, travando uma guerra contra a nação soberana independente, conduzindo uma invasão total da Ucrânia, isso aumenta a gravidade da situação", adicionou.

Membros da força de defesa territorial patrulham o toque de recolher em Kiev, neste domingo
Membros da força de defesa territorial patrulham o toque de recolher em Kiev, neste domingo © REUTERS/Carlos Barria

Ucrânia não cederá nas negociações

Em reação, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia disse que Kiev não vai ceder nas negociações com a Rússia que começaram agora à tarde na fronteira com Belarus , acusando Putin de tentar aumentar a "pressão". "Não vamos nos render, não vamos capitular, não vamos desistir de um único centímetro de nosso território", declarou Dmytro Kuleba em uma coletiva de imprensa transmitida online.

Moscou possui o segundo maior arsenal de armas nucleares do mundo e um enorme arsenal de mísseis balísticos que formam a espinha dorsal das forças de dissuasão do país. "Eles veem que os países ocidentais não são apenas hostis ao nosso país no campo econômico, quero dizer as sanções ilegítimas", acrescentou, em um discurso televisionado.

O presidente russo ordenou a invasão da Ucrânia na manhã desta quinta-feira. Desde então, tropas entraram no país pelo norte, leste e sul, mas enfrentaram forte resistência das tropas ucranianas. Autoridadesdo país dizem que algumas tropas russas estão desmoralizadas e exaustas, dizendo que dezenas se renderam.

(Com informações da AFP)

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