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Ucrânia: sobe para quase 370 mil número de refugiados que fogem da guerra

O número de refugiados que fogem da Ucrânia chega a 368.000 pessoas e continua a subir, de acordo com informações do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) neste domingo (27). O enviado especial da RFI a Velke Slemence, na fronteira com a Eslováquia, relata as longas horas de espera dos ucranianos para deixar o país. 

Na passagem de fronteira de Velke Semence, onde as filas estão ficando mais longas no lado ucraniano. A foto é de 25 de fevereiro de 2022.
Na passagem de fronteira de Velke Semence, onde as filas estão ficando mais longas no lado ucraniano. A foto é de 25 de fevereiro de 2022. AFP - PETER LAZAR
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A polícia alfandegária polonesa disse, neste domingo, que mais de 156.000 pessoas cruzaram a fronteira da Ucrânia e entraram no país desde o início da invasão russa, na quinta-feira (24).

O balanço mais recente mostra um aumento de dezenas de milhares de pessoas em relação a este sábado (26), mostrando a rapidez com que os ucranianos estão fugindo para o país vizinho.

"Desde o início da guerra, em 24 de fevereiro, os agentes de fronteira registraram um total de 187.800 pessoas em todas as passagens com a Ucrânia", escreveu, em um tuíte, a polícia da fronteira da Polônia.

O país já contava com cerca de 1,5 milhão de ucranianos em seu território antes da invasão russa e recebeu a maioria dos ucranianos que deixam sua terra natal. Milhares deles também fugiram para Hungria, Moldávia, Eslováquia e Romênia.

As longas horas de espera dos refugiados na fronteira com a Eslováquia

Na fronteira entre a Ucrânia e a Eslováquia, a travessia é muitas vezes feita a pé e após longas horas de espera, relata o enviado especial da RFI a Velke Slemence, Alexis Rosenzweig. 

Na divisa, um carro pequeno estava estacionado do lado eslovaco com quatro crianças pequenas no banco de trás. Eram 6h30 da manhã e as duas mães, Natalya e Miroslava, estavam exaustas depois de 15 horas de espera para cruzar a fronteira. "Ainda não há guerra em nossa região, os Cárpatos, mas temos medo que ela chegue lá também. Decidimos tudo em uma hora. Nós não acreditávamos em guerra, mas Putin decidiu o contrário”, disse Natalya.

O marido de Natalya permaneceu na Ucrânia, como todos os homens em idade militar que não podem deixar o país. O de Miroslava é motorista de caminhão e está dirigindo seu caminhão na França neste fim de semana. Ele deve se juntar a eles em Bratislava, a capital eslovaca, para ficar lá "até o fim da atual guerra".

A mobilização das ONGs do lado eslovaco

No posto fronteiriço de Velke Semence, as filas aumentam do lado ucraniano. Do lado eslovaco, ajudas estão sendo organizadas, com a presença de ONGs e voluntários como Pavel. “Distribuímos chá, bolos, bananas, roupas. Tudo o que você vê aqui lá são doações da população eslovaca”.

O ministro das Finanças eslovaco já anunciou que há várias dezenas de milhares de refugiados ucranianos que chegam por dia. A partir da próxima semana, o governo do país pretende acelerar os procedimentos administrativos para conceder, assim que cruzarem a fronteira, autorizações de residência e de trabalho com direito a assistência social para moradia.

(Com RFI e AFP)

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