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FAO: Cerca de 3 bilhões de pessoas não podem pagar por dieta saudável

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) alertou nesta terça-feira (23) sobre a probabilidade de novos "choques" nos sistemas agroalimentares globais, ainda afetados pelas consequências da pandemia de Covid-19. De acordo com a instituição, os países precisam estar preparados para o enfrentamento “sem demora” de problemas ligados a secas, enchentes ou doenças diversas.

Os sistemas agroalimentares do mundo devem se preparar rapidamente para enfrentar novos choques como secas, inundações ou novas pandemias, de acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas para a alimentação e a agricultura, a FAO, desta terça-feira.
Os sistemas agroalimentares do mundo devem se preparar rapidamente para enfrentar novos choques como secas, inundações ou novas pandemias, de acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas para a alimentação e a agricultura, a FAO, desta terça-feira. AP - Emrah Gurel
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Atualmente, “três bilhões de pessoas não podem pagar para ter uma dieta saudável e que as proteja da desnutrição”, destacou o relatório da FAO. "Um bilhão de pessoas a mais correriam o risco de não poder pagar por uma dieta saudável se um choque repentino reduzisse sua renda em um terço", calcularam os economistas da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura.

A edição de 2021 do relatório “O Estado da Alimentação e da Agricultura” também destaca a importância dos canais de comunicação e abastecimento. “Se as rotas críticas de transporte forem interrompidas por um choque, o custo dos alimentos pode aumentar para 845 milhões de pessoas”, projeta a organização, com sede em Roma.

Covid-19 destacou falhas

A pandemia de Covid-19 "destacou amplamente as fraquezas dos sistemas agroalimentares globais", observa o diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, no prefácio da publicação. Esses sistemas abrangem a produção, cadeias de abastecimento de alimentos, redes de transporte doméstico e consumo.

Em um relatório anterior, publicado em julho, a organização calculou que entre 720 e 811 milhões de pessoas foram afetadas pela fome em 2020, cerca de 161 milhões a mais do que em 2019, "um aumento devido, em grande parte, à pandemia".

Para permitir que os países percebam a vulnerabilidade de seus sistemas alimentares, a ocorrência de choques e situações crônicas de "estresse", a FAO desenvolveu vários indicadores de "resiliência". De acordo com a instituição, em um ambiente incerto, "a capacidade de resistir a choques e situações estressantes e depois se recuperar é essencial", observam os especialistas.

Esses indicadores analisam a produção interna dos países, a extensão de seu comércio, os sistemas de transporte de que dispõem e o acesso de sua população a alimentos saudáveis.

Os países são convidados a "buscarem seus pontos fracos" com o auxílio dessas ferramentas e a tentar remediá-los, explica Andrea Cattaneo, economista-chefe e coordenador da publicação.

(Com informações da AFP)

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