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COP26: jovens organizam protestos para pedir ações concretas para salvar planeta

Diversas manifestações estão previstas nesta sexta-feira (5), nas ruas da cidade escocesa de Glasgow, para pedir ações aos governos que estão negociando na COP26 as medidas contra as mudança climáticas, após quase uma semana do início da conferência. 

A ativista Greta Thunberg está em Glasgow para participar das manifestações desta sexta-feira
A ativista Greta Thunberg está em Glasgow para participar das manifestações desta sexta-feira Adrian DENNIS AFP
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As "Sextas-Feiras para o Futuro" foi uma ideia apresentada há mais de três anos pela ativista sueca Greta Thunberg, que está em Glasgow desde o final de semana passado. "Manifestações como esta pressionam as pessoas que têm o poder, e sabemos que este movimento deve crescer para obter as mudanças que precisamos para garantir a segurança das gerações presentes e futura", afirmou a ativista ugandesa Vanessa Nakate. A mensagem de Greta Thunberg é seguida por jovens em muitos países.

 A epidemia de Covid-19 interrompeu as manifestações semanais, mas nas últimas semanas voltaram a ganhar força."Esta não é mais uma conferência do clima. Este é um festival de 'greenwashing' do Norte Global. Uma celebração de duas semanas de negócios como de costume e blá, blá, blá", denunciou Thunberg, na quinta-feira (4) no Twitter.

A conferência do clima da ONU em Glasgow não é apenas um grande encontro de negociações com delegados de quase 200 países, mas também uma plataforma para debates sobre tecnologia, ideias e projetos, que estão sendo aplicados ou exigem anos de pesquisa, na luta contra a mudança climática.

A presidência britânica da COP26 organizou cada dia das duas semanas de evento como jornadas temáticas. Dentro do centro de exposições onde se reúnem milhares de delegados também será o dia da juventude, com atividades e debates com presença dos menores de idade.

Manifestantes seguram cartazes na COP26 Cúpula do Clima da ONU, em Glasgow. Em 4 de novembro de 2021. Emissões globais de CO2 causadas principalmente pela queima de combustíveis fósseis devem se recuperar em 2021 para os níveis vistos antes da pandemia de Covid-19.
Manifestantes seguram cartazes na COP26 Cúpula do Clima da ONU, em Glasgow. Em 4 de novembro de 2021. Emissões globais de CO2 causadas principalmente pela queima de combustíveis fósseis devem se recuperar em 2021 para os níveis vistos antes da pandemia de Covid-19. AFP - DANIEL LEAL-OLIVAS

Mobilização mundial

Neste sábado (6), está prevista outra grande mobilização mundial, em Glasgow e em outras cidades. No mês passado, o ministro do Meio Ambiente italiano, Roberto Cingolani, e o presidente da COP, o secretário de Estado britânico Alok Sharma, prometeram que apresentariam em Glasgow o manifesto adotado por 400 jovens do mundo reunidos em Milão, em um encontro da ONU.

O documento, de 50 páginas, inclui proposta para a transição energética, financiamento ou participação cidadã. O Acordo de Paris de 2015, que a COP26 deve agora reforçar e desenvolver, tem como objetivo comum impedir que o aquecimento do planeta supere 2ºC. De modo ideal, a temperatura não deve subir mais que 1,5°C.

Os países mais ambiciosos querem compromissos mundiais de corte das emissões de gases do efeito estufa, de transição energética, para alcançar a meta. Outros, como a China, alertam que há o risco de romper o consenso, caso alguns insistam em +1,5ºC, o que obrigaria praticamente a cortar pela metade as atuais emissões em oito anos. "A pegada de carbono do 1% mais rico do planeta é 30 vezes superior, se comparado ao nível compatível com a meta de 1,5ºC", afirmou, nesta sexta-feira, a organização Oxfam, que pede às nações ricas que reduzam suas emissões em 97%.

(Com informações da AFP)

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