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Variante Delta é 60% mais contagiosa que Alfa, segundo autoridades britânicas

A variante Delta do coronavírus, dominante no Reino Unido, é 60% mais contagiosa que sua antecessora, Alfa, afirma um estudo publicado nesta sexta-feira (11). Segundo especialistas, a vacinação conseguiu diminuir, até agora, as hospitalizações, apesar do aumento dos contágios. O governo britânico deve anunciar, na próxima semana, uma decisão sobre a suspensão das últimas restrições de isolamento social.

Variante Delta do coronavírus é 60% mais contagiosa que a variante Alfa, afirmam autoridades britânicas.
Variante Delta do coronavírus é 60% mais contagiosa que a variante Alfa, afirmam autoridades britânicas. REUTERS - DADO RUVIC
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O ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, havia declarado recentemente que a nova variante era de 40% mais contagiosa, mas essa porcentagem foi revista. De acordo com um estudo do Serviço de Saúde Pública da Inglaterra, foram detectados 42.323 casos no Reino Unido, 29.892 a mais que na semana anterior. A variante já representa mais de 90% dos novos contágios.

"A variante Delta se associa a um risco aproximadamente 60% maior de transmissão no núcleo familiar em comparação à variante Alfa", identificada em dezembro no sudeste da Inglaterra e que provocou uma disparada de casos, resultando em quase quatro meses de lockdown.

O estudo, no entanto, considera "encorajador" que este novo aumento não seja acompanhado por uma alta semelhante nas hospitalizações. Quase mil pacientes com a Covid-19 estão atualmente internados em hospitais britânicos.

"Os dados indicam que o programa de vacinação continua a limitar o impacto desta variante nas pessoas que já receberam duas doses da vacina", afirmou o organismo. Embora a vacinação "reduza o risco de caso grave da doença, não o elimina", ressaltou Jenny Harries, diretora-geral da agência de segurança sanitária britânica.

Vacinação e isolamento

O Reino Unido, país europeu mais afetado pela pandemia, com quase 128.000 mortes, iniciou uma campanha de vacinação em larga escala, basicamente com o imunizante da AstraZeneca, que em seis meses administrou uma das duas doses necessárias em mais de 77% dos adultos.

Após um longo lockdown durante o inverno, o governo começou a flexibilizar  gradualmente as restrições. Mas a suspensão das últimas medidas, prevista inicialmente para 21 de junho, se vê ameaçada pelo recente aumento dos contágios, que superam 6.000 ou até 7.000 novos casos diários.

De acordo com o jornal The Times, o governo de Boris Johnson está considerando adiar a última etapa em quatro semanas, uma decisão que deve ser anunciada na segunda-feira.

Com informações da AFP.

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