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Reino Unido e União Europeia vivem ameaça de "no deal" em acordo pós-Brexit

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, reconheceram neste sábado (7) "divergências importantes" para chegar a um acordo pós-Brexit. As negociações continuarão na próxima semana, mas a ameaça do "no deal" ainda paira no ar.

Boris Johnson, Primeiro-ministro britânico. Londres, 31 de Outubro de 2020.
Boris Johnson, Primeiro-ministro britânico. Londres, 31 de Outubro de 2020. AFP - ALBERTO PEZZALI
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"Algum progresso foi feito, mas sérias divergências persistem", especialmente sobre a questão delicada da pesca, disse a autoridade europeia no Twitter após um telefonema com Johnson.

Esta terceira conversa entre as duas lideranças em pouco mais de um mês teve como objetivo fazer um balanço das negociações, após duas semanas de discussões que não permitiram chegar a um acordo e reforçam a ameaça de uma ruptura total.

Em nota divulgada pelo governo britânico, essas divergências foram qualificadas como "significativas". As negociações foram retomadas na segunda-feira, em Londres.

Os dois líderes "concordaram em permanecer em contato pessoalmente." As equipes continuarão suas negociações em Londres na próxima semana", disse um porta-voz de Downing Street. "Nossas equipes continuarão a trabalhar intensamente na próxima semana e continuaremos em contato nos próximos dias", também confirmou von der Leyen em seu tuíte.

Concorrência

Além da pesca em águas britânicas, permanecem as diferenças na chamada "concorrência não distorcida", ou seja, as garantias que o bloco europeu exige de Londres para o acesso ao seu mercado interno.

A estrutura para a resolução de disputas comerciais também deve ser estabelecida.

As duas partes haviam firmado o mês de novembro como prazo para o fechamento de um possível acordo comercial, que deveria entrar em vigor em 1º de janeiro de 2021, quando o Reino Unido deixaria definitivamente de aplicar as regras europeias.

Johnson já admitiu que gostaria de descumprir parte do acordo. O primeiro-ministro britânico alegava a "ameaça" de que a UE possa estabelecer um "bloqueio alimentar" na Irlanda do Norte por meio de uma "interpretação extrema do texto". Segundo ele, isso é perigoso para a paz e a unidade do Reino Unido.

(Com informações da AFP)

 

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