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Banco Central Europeu apresentará estudo sobre euro digital nas próximas semanas

No momento em que os pagamentos virtuais estão se tornando cada vez mais comuns na sociedade, o Banco Central Europeu (BCE) apresentará nas próximas semanas um estudo feito pelo grupo de trabalho que estuda o lançamento do euro digital. O anúncio foi feito pela presidente da instituição, Christine Lagarde, na noite de quinta-feira (10).

Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu.
Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu. AFP/Archivos
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“O Eurosistema ainda não tomou uma decisão sobre a introdução do euro digital. Porém, como muitos outros bancos centrais do mundo, estamos estudando as vantagens, os riscos e os desafios operacionais dessa decisão ", declarou Lagarde em uma conferência do Banco Central alemão, o Bundesbank, dedicada aos métodos de pagamento no mundo digital.

De acordo com a executiva, um grupo de trabalho apresentará suas conclusões sobre o assunto nas próximas semanas, uma etapa que será seguida por uma consulta pública.

“Temos o dever de desempenhar um papel ativo no equilíbrio dos riscos e benefícios da inovação nos pagamentos, para que o dinheiro continue a servir bem os europeus”, disse a ex-chefe do Fundo Monetário Internacional, no momento em que a pandemia Covid-19 acelera a mudança para os pagamentos digitais.

Riscos

Porém, "a Europa ficou para trás nessa competição”, admite. “A falta de integração dos pagamentos no bloco europeu significa que os provedores de serviços estrangeiros assumiram a liderança", o que não os isenta de riscos, acrescentou Lagarde.

Entre esses riscos, ela citou a possibilidade de problemas entre as operadoras de cartões, como os que afetaram milhões de europeus no verão de 2018. Outros obstáculos seriam os possíveis abusos de monopólio por parte de certos grupos privados e o aumento da dificuldade para lutar contra as atividades financeiras ilícitas.  

Caso seja criado um euro digital, será necessário garantir o acesso universal à moeda do Banco Central, alertou, ainda, Christine Lagarde. “Um euro digital, em qualquer caso, seria um complemento e não um substituto do dinheiro em espécie”, frisou ela, acrescentando que o BCE deve, também, assegurar a contenção dos riscos relativos ao papel do setor bancário no financiamento da economia.

(Com informações da AFP)

 

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