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Milhares de pessoas protestam em Roma e Zagreb contra máscaras e vacinas

Milhares de pessoas se protestaram neste sábado (5) em Roma e Zagreb contra regras de governos para limitar contaminações pelo coronavirus. Para manifestantes, medidas ameaçam liberdades individuais.

Manifestantes seguram um cartaz que diz "Não máscara. Não distância social", durante protesto em Roma contra as medidas do governo para deter avanço do coronavírus.
Manifestantes seguram um cartaz que diz "Não máscara. Não distância social", durante protesto em Roma contra as medidas do governo para deter avanço do coronavírus. REUTERS - REMO CASILLI
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Após alemães, agora foi a vez de italianos e croatas protestarem contra regras impostas pelos governos para conter a propagação da Covid-19.

Em Roma, mil pessoas se manifestaram no centro da cidade contra a obrigação de vacinar crianças em idade escolar ou usar máscara. "Não à obrigação de vacinar, sim à liberdade de escolha", "não às máscaras nas escolas, não ao distanciamento", "a liberdade pessoal é inviolável" e "viva a liberdade", eram alguns dos slogans nos cartazes.

A maioria dos participantes não usava máscaras. Um deles carregava uma foto do papa Francisco com a palavra Satã escrita, bem como a cifra 666, considerada um símbolo do diabo.

O chefe do governo italiano, Giuseppe Conte, havia expressado sua posição dias antes desta reunião de militantes antivacinas: "mais de 274.000 doentes e 35.000 mortos [pelo coronavírus]. Ponto final".

Conte expressou sua esperança de que o outono não leve a um novo confinamento geral, mas apenas a "intervenções específicas" quando necessário.

“Interpretação não científica”

Milhares de croatas também protestaram em Zagreb contra as medidas impostas pelas autoridades contra o coronavírus, que segundo os manifestantes ameaçam as liberdades individuais e os direitos humanos.

“A Covid é uma mentira, nós não somos todos ‘covidiotas’”, ou “tirem a máscara, desliguem a tevê, vivam suas vidas”, diziam os cartazes dos manifestantes que participaram do “Festival da Liberdade”, como foram chamados os protestos por seus organizadores.

A ministra da Saúde croata, Vili Beros, reagiu no Facebook dizendo que não aprova “uma interpretação não científica da Covid-19”. “Todas as restrições temporárias têm somente um objetivo: proteger a saúde e as vidas dos cidadãos croatas. Nós conseguimos isso”, acrescentou.

O país de 4,2 milhões de habitantes atravessou os primeiros meses da pandemia registrando menos de 100 contaminações por dia e quase sem novos casos desde meados de maio. Mas o número de contaminações aumentou desde que a Croácia reabriu suas fronteiras, chegando aos 200 casos por dia em agosto. Na última quinta-feira, o país registrou 369 infecções.

O uso de mascara é obrigatório desde julho nos transportes públicos, comércios e serviços que envolvam contato com os clientes. A Croácia registrou 197 mortes desde o começo da doença, por 12.000 casos.

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