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Estudantes europeus voltam às aulas com máscaras obrigatórias e em meio a temores de contaminação

Milhões de crianças voltam nesta semana às escolas na Europa. Após alemães, irlandeses e escoceses, estudantes franceses, belgas e russos retornam às aulas nesta terça-feira (1). Em praticamente todos os países, as máscaras são obrigatórias e governos insistem na importância da escola.

Alunos do ensino fundamental usando máscaras nesta terça-feira (1), na escola Henri Matisse, em Nice, na França.
Alunos do ensino fundamental usando máscaras nesta terça-feira (1), na escola Henri Matisse, em Nice, na França. REUTERS - ERIC GAILLARD
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Segundo a Unesco, 561 milhões de alunos devem voltar às aulas entre agosto e outubro. O número representa menos de um terço dos estudantes do mundo.

Na França, 12,4 milhões de estudantes são esperados nas escolas – numa volta às aulas diferente, com o uso obrigatório de máscaras para professores e alunos a partir de 11 anos.

Na Grécia, a proteção será exigida desde o ensino infantil. Na Espanha, onde a volta às aulas será gradual  – entre 4 e 15 de setembro, segundo as regiões –, as crianças devem usar máscara a partir de 6 anos.

Na Bélgica, a primeira-ministra Sophie Wilmès disse que considera “fundamental que as crianças possam voltar a uma vida escolar normal ou o mais normal possível”, ao justificar a decisão de manter a volta às aulas nesta terça-feira.

A opinião é compartilhada pelo governo britânico, para quem os benefícios do retorno, que acontece essa semana na Inglaterra e no País de Gales, são mais importantes que os potenciais riscos.

Para evitar aglomerações nos pátios das escolas, a Grécia – onde o retorno está previsto para dia 7, mas poderia ser adiado – aplicou um sistema de turnos para o recreio. Na Rússia, no dia da volta as aulas, o país ultrapassou um milhão de contaminações pelo Sars-Cov-2.

Alguns estudantes europeus ficaram mais de 5 meses longe das salas de aula. Para os governos, a reabertura das escolas deve permitir observar eventuais atrasos de aprendizagem devido à quarentena, constatar as disparidades escolares e remediá-las.

Volta ao normal

Apesar da crise sanitária e de uma circulação ativa do coronavírus na França, que gera temores entre os pais sobre possíveis contaminações ou uma nova suspensão das aulas, o governo francês espera que o retorno seja o mais normal possível.

“Não tenham medo!”, disse o ministro da Educação francês, Jean-Michel Blanquer, entrevistado por uma tevê francesa, para tranquilizar os pais. “Nós garantimos normas sanitárias estritas, bem mais rígidas que as que algumas crianças tiveram durante as férias. A escola é fundamental para cada criança”, insistiu o ministro, lembrando que a escola é obrigatória na França e que elas só podem faltar sob justificativa.

O ministro também lembrou as regras de uso de máscaras e que a distância física deve ser mantida sempre que possível.

Em uma mensagem de vídeo postada nas redes sociais na segunda-feira, o presidente francês, Emmanuel Macron, desejou uma boa volta às aulas aos franceses. Usando uma máscara, o presidente reconheceu que “é uma volta à escola um pouco diferente, porque o vírus ainda está aí e temos que nos proteger”. Macron também pediu aos estudantes que respeitem as normas de segurança sanitária para evitar o contágio da Covid-19 e agradeceu os professores por terem sido “exemplares neste período”.

 

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