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Parlamento britânico aprova realização de eleições antecipadas em 12 de dezembro

Os deputados britânicos aprovaram nesta terça-feira (29) a realização de eleições antecipadas em 12 de dezembro. Através da votação, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, espera conquistar a maioria no Parlamento e cumprir sua promessa de retirar o Reino Unido da União Europeia.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, durante debate sobre a realização de eleições antecipadas no Parlamento do Reino Unido, nesta terça-feira (29).
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, durante debate sobre a realização de eleições antecipadas no Parlamento do Reino Unido, nesta terça-feira (29). AFP
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O texto convocando as eleições antecipadas foi aprovado por uma maioria de 438 votos a favor e 20 contra, após várias horas de debate. Pouco antes, o Parlamento havia rejeitado uma proposta da oposição trabalhista para realizar a votação em 9 de dezembro.

Essa foi a quarta tentativa de Johnson de convencer os deputados britânicos a convocarem a população às urnas. O texto ainda precisa ser aprovado pela Câmara dos Lordes, que se reúne na quarta-feira (30).

Johnson busca mais apoio para o Brexit

Favorito nas pesquisas de intenção de votos, o premiê britânico espera renovar o Parlamento em busca de mais apoio. Desta forma, ele poderá honrar a promessa de realizar o Brexit, mais de três anos após o referendo em que 52% dos britânicos aprovaram a saída do Reino Unido da União Europeia.

As eleições de 12 de dezembro, inicialmente previstas para 2022, serão as terceiras em quatro anos. Mas, para Johnson, a votação é "a única maneira de fazer o país avançar".

A aprovação só foi possível graças ao Partido Trabalhista, que mudou de estratégia nesta terça-feira, após se abster do voto na véspera. A oposição foi convencida pela garantia de que o Brexit não seria realizado antes de 12 de dezembro. Johnson prometeu que o texto do acordo não seria novamente submetido aos deputados antes da dissolução do Parlamento, prevista para a próxima semana, como preparação para as eleições antecipadas.

Após a decisão, o líder da legenda, Jeremy Corbyn, prometeu realizar "a campanha mais ambiciosa e radical, por uma verdadeira mudança, jamais vista no país". O opositor pretende repetir o sucesso das eleições antecipadas de 2017, convocadas pela então premiê Theresa May. Com a popularidade em baixa, a conservadora não conseguiu se fortalecer e eleitores aumentaram a quantidade de assentos dos trabalhistas no Parlamento.

Já os liberal-democratas e os nacionalistas escoceses, também na oposição a Johnson, têm planos mais ambiciosos. Eles esperam conquistar o eleitorado para expandir a quantidade de cadeiras no Parlamento e impedir a realização do Brexit.

Último adiamento

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, fez um apelo na segunda-feira (28) para que os deputados britânicos aproveitassem o novo e terceiro adiamento concedido pelo bloco. "Deve ser o último", escreveu no Twitter.

Com a decisão da União Europeia, o prazo para a saída - previsto para 31 de outubro - foi modificado para 31 de janeiro. Os europeus também deixaram em aberto a possibilidade de os britânicos saírem em novembro ou dezembro, mas excluíram qualquer renegociação do acordo.

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