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Brexit

Rainha da Inglaterra afirma que Brexit em 31 de outubro é a "prioridade" do governo

Sair da União Europeia (UE) é a "prioridade" do governo britânico. A afirmação foi feita nesta segunda-feira (14) a rainha Elizabeth II, ao abrir as sessões do Parlamento, no momento em que a negociação de acordo para o Brexit entra em uma semana crítica.

Rainha Elizabeth II durante discurso no Parlamento britânico.
Rainha Elizabeth II durante discurso no Parlamento britânico. Tolga Akmen/Pool via REUTERS
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"A prioridade de meu governo sempre foi assegurar a saída do Reino Unido da União Europeia em 31 de outubro", disse a monarca em uma cerimônia na Câmara dos Lordes. "O governo tem a intenção de trabalhar para uma nova associação com a União Europeia, baseada no livre comércio e na cooperação amistosa", completou, lendo as palavras escritas pelo Executivo, como manda a tradição, já que a rainha normalmente não se expressa em seu nome sobre a política do país.

Britânicos e europeus estão atualmente em uma complexa negociação para um acordo de divórcio que, segundo o ministro irlandês das Relações Exteriores, Simon Coveney, pode ser alcançado antes da data de saída, prevista para 31 de outubro. "Um acordo é possível ainda este mês. Inclusive é possível esta semana, mas ainda não estamos lá", disse Coveney ao chegar a Luxemburgo para a reunião dos ministros das Relações Exteriores da UE.

Vizinha do Reino Unido e com fortes laços econômicos e sociais, a Irlanda sofreria intensamente as consequências de um Brexit brutal.

Além de falar do Brexit, Elizabeth II, 93 anos, apresentou em seu discurso o programa legislativo do governo do primeiro-ministro Boris Johnson. A lista de medidas inclui um endurecimento nas áreas de segurança e imigração. Mas o projeto pode ter vida curta diante a incerteza que reina sobre o Brexit e a previsível convocação de eleições antecipadas nos próximos meses.

"O tempo está acabando"

Aprovado em referendo por 52% dos votos em 2016, o Brexit deveria ter sido concretizado em março passado. Mas a reiterada rejeição do Parlamento britânico ao acordo negociado pela ex-primeira-ministra Theresa May provocou dois adiamentos.

O atual premiê apresentou na semana passada uma contraproposta com a qual busca modificar o ponto de maior conflito: como manter aberta a fronteira entre a província britânica da Irlanda do Norte e a vizinha Irlanda – país membro da UE – para não ameaçar o frágil acordo de paz que em 1998 encerrou três décadas conflito violento.

No domingo, após um fim de semana de negociações intensas, Londres e Bruxelas se mostraram prudentes antes da reunião de cúpula europeia de quinta-feira e sexta-feira, apresentada como a última oportunidade para o processo caótico que deixou o Reino Unido em uma profunda crise política.

"Ainda resta muito trabalho por fazer", disse o negociador europeu Michel Barnier. "Se o governo britânico quer uma solução, deve agir rapidamente, o tempo está acabando", destacou um diplomata europeu. Boris Johnson também alertou seus ministros que "resta um trabalho considerável por fazer".

O primeiro-ministro prometeu que o país abandonará a UE no final do mês de qualquer maneira, apesar de uma lei que o obriga a solicitar um novo adiamento se, até o dia 19, não alcançar um acordo com Bruxelas ou, ainda mais improvável, receber autorização do Parlamento para um Brexit brutal.

(Com informações da AFP)

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