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Malta/clandestinos

Malta pressiona e obtém acordo para desembarque de clandestinos do Mediterrâneo

Malta chegou a um acordo para permitir o desembarque de 49 imigrantes a bordo de dois navios de organizações alemãs no litoral do mar Mediterrâneo, anunciou o primeiro-ministro Joseph Muscat nesta quarta-feira (9). O acordo incluiu uma decisão sobre o destino de outros 249 migrantes já presentes no país.

O barco Sea-Watch 3, operado pela ONG alemã Sea-Watch, perto do litoral de Malta, sem poder aportar.
O barco Sea-Watch 3, operado pela ONG alemã Sea-Watch, perto do litoral de Malta, sem poder aportar. REUTERS/Darrin Zammit Lupi
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"Um acordo ad hoc foi alcançado", declarou Muscat a repórteres sobre os navios das ONGs alemãs Sea-Watch e Sea-Eye, que resgataram esses imigrantes no mar e passaram mais de uma semana esperando permissão de um porto para desembarcar. Os 49 clandestinos, incluindo um bebê e várias crianças, foram recolhidos do mar enquanto tentavam a perigosa travessia do norte da África em direção à Europa.

Eles estavam na costa de Malta no Sea-Watch e outro navio desde o ano passado, com casos de doenças e desidratação a bordo. Alguns chegaram a recusar comida por um curto período de tempo, numa tentativa de greve de fome.

Acordo diplomático

Os imigrantes só puderam aportar por causa de um acordo diplomático entre países do bloco europeu, apesar de um apelo do papa Francisco no domingo (6) para que a União Europeia demonstrasse solidariedade.

Malta fez questão de que o acordo incluísse uma resolução sobre o destino dos 249 clandestinos que já estavam na ilha. Do total de 298 clandestinos, 176 serão enviados para a Alemanha, França, Portugal, Irlanda, Romênia, Luxemburgo, Holanda e Itália. Outros 78 poderão permanecer em Malta e 44 cidadãos do Bangladesh serão repatriados ao seu país de origem.

“Malta nunca fechou seus portos e continua sendo um porto seguro”, declarou Muscat, que anteriormente reclamara que seu país tinha que lidar com uma cota injusta de imigrantes. “Queríamos enviar uma mensagem política forte de que o fardo deve ser dividido porque é uma questão europeia. Cada hora que passava sem uma solução era uma hora da qual eu não me orgulhava”, acrescentou.

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