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União Europeia

Mulheres ganham 16% a menos que homens na União Europeia

Na véspera do Dia Internacional da Mulher, dados divulgados nesta quarta-feira (7) pelo Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia (UE), mostram que as mulheres que trabalham no bloco ganharam salários 16% menores do que os homens em 2016. A diferença varia entre os países do bloco, mas é sempre desfavorável às mulheres. 

Movimentos feministas espanhois preparam uma greve de 24 horas para marcar Dia Internacional da Mulher na quinta-feira, 8 de março de 2018, e protestar contra as desigualdades em relação aos homens.
Movimentos feministas espanhois preparam uma greve de 24 horas para marcar Dia Internacional da Mulher na quinta-feira, 8 de março de 2018, e protestar contra as desigualdades em relação aos homens. REUTERS/Vincent West
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Na Alemanha, no Reino Unido, na Estônia ou na República Tcheca, um homem chega a ganhar até 25% mais do que uma mulher ocupando a mesma função. Já na Romênia, na Itália ou em Luxemburgo, a diferença cai para cerca de 5%. 

A Estônia lidera o grupo de países com uma diferença superior à média, de 25,3%, e é seguida pela República Tcheca (21,8%) e pelas duas primeiras economia do bloco - Alemanha (21,5%) e Reino Unido (21%).  Abaixo da média de 16,2%, além da Romênia (5,2%) se situaram a Itália (5,3%), Bélgica (6,1%), Polônia (7,2%), Malta (11%), Suécia (13,3%), Espanha (14,2%), Dinamarca (15%) e França (15,2%).

Situação piorou nos últimos anos em alguns países da UE

O Eurostat também comparou a igualdade salarial entre 2016 e 2011, quando as mulheres do bloco ganharam, em média, salários 16,8% menores do que os homens. Apesar da leve diminuição, a diferença salarial progrediu em dez países, com Portugal liderando. As portuguesas receberam 17,5% a menos do que os portugueses em 2016, ou seja, 4,6 pontos a mais do que cinco anos antes. Os demais países onde houve um aumento foram Bulgária, Irlanda, Croácia, Lituânia, Malta, Polônia, Eslovênia e Reino Unido.

Quinze dos 28 países da União Europeia publicaram na terça-feira (6) uma declaração lembrando que a igualdade de gênero é um dos valores fundamentais do bloco. No entanto, na prática, o reconhecimento dos direitos das mulheres é lento. 

A França conta com uma lei de isonomia salarial entre homens e mulheres há 35 anos, mas não é cumprida por todas as empresas. A ministra do Trabalho, Muriel Pénicaud, considera "alucinante" que a legislação seja ignorada.

Depois de promover uma série de consultas em todo o país, o governo francês vai anunciar na quinta-feira (8) um pacote de 50 medidas para promover a igualdade de gênero, uma prioridade do presidente Emmanuel Macron. 
 

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