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Merkel recebe Macron, um dos favoritos à eleição presidencial na França

O candidato Emmanuel Macron, sem partido e líder do movimento “Em Marcha”, elogiou sua proximidade com a chanceler alemã Angela Merkel nas questões europeias durante visita a Berlim, nesta quinta-feira (16), mas rejeitou qualquer “endosso” à política da líder conservadora.

Emmanuel Macron durante coletiva de imprensa após encontro com Angela Merkel em Berlim, em 16 de março de 2017.
Emmanuel Macron durante coletiva de imprensa após encontro com Angela Merkel em Berlim, em 16 de março de 2017. REUTERS/Fabrizio Bensch
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"Não me esqueço de que estou aqui como candidato, mas percebi muitas semelhanças com a chanceler”, afirmou Macron a jornalistas depois de encontro de uma hora na chancelaria alemã com Angela Merkel, considerada atualmente a liderança mais poderosa da Europa.

Ex-ministro da Economia do governo socialista de François Hollande, Emmanuel Macron, 39 anos, reforçou junto à chanceler conservadora sua forte ligação com o "binômio franco-alemão" e seu desejo de lutar "contra os extremismos" para fortalecer "a defesa da Europa", além de seu desejo de "manter os compromissos europeus" da França e de lançar reformas estruturais, um tema que dividiu Paris e Berlim muitas vezes no passado.

Macron também ressaltou a necessidade de iniciar "uma política de investimentos europeus", assunto delicado junto à chancelaria de Angela Merkel. O candidato rejeitou a ideia de que sua visita à chancelaria poderia ser entendida como um endosso à política de Merkel. "Isto não significa um endosso", ele disse, "em uma campanha o único endosso possível é o do povo."

O encontro de Emmanuel Macron na chancelaria alemã, no entanto, não é trivial. O ex-ministro já havia visitado Berlim em 10 de janeiro de 2017, mas não tinha sido recebido na época por Merkel. “A intenção de Merkel não é fornecer apoio ao candidato mas reforçar as relações com a França", afirmou Ulrike Demmer, porta-voz do governo alemão.

Aliança para barrar a vitória da extrema-direita

A chanceler alemã informou no final de janeiro de 2017 que estaria disposta a receber diferentes candidatos franceses, com exceção do líder da extrema-direita, Marine Le Pen, do partido Frente Nacional (FN), que defende posições anti-imigração e anti-euro.

O interesse na Alemanha para o candidato, incluindo o apoio à Macron dentro das fileiras do partido da chanceler alemã, é real. Fontes próximas à Merkel enfatizaram que Emmanuel Macron seria, de acordo com a maioria das pesquisas, o único candidato capaz de impedir uma vitória da Frente Nacional e não escondem a sua surpresa com os escândalos de empregos-fantasma que desestabilizaram o candidato da direita, François Fillon, do partido Os Republicanos, que defende propostas mais similares ao partido de Angela Merkel.

Na Alemanha, o perigo de uma possível vitória da Frente Nacional é levado a sério. O assunto foi discutido durante a reunião entre Macron e achanceler. O candidato presidencial afirmou ter expressado "seu desejo de fazer tudo para que, na França, os extremos não possam triunfar." Com François Fillon indiciado pela Justiça francesa, a opção Macron parece ser considerada pela Alemanha como uma alternativa para barrar Le Pen.

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