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Berlim/atentado

Suspeito de chacina em Berlin passou pela Holanda antes da França

Anis Amri, o suposto autor do atentado de Berlim abatido pela polícia italiana em Milão, transitou de ônibus pela Holanda antes de passar pela França, informaram nesta quarta-feira (28) fontes da investigação, confirmando uma informação fornecida por uma rádio francesa.

Segurança reforçada no Portão de Brandemburgo, em Berlim (27/12/16).
Segurança reforçada no Portão de Brandemburgo, em Berlim (27/12/16). REUTERS/Fabrizio Bensch
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Dois dias depois do ataque que deixou 12 mortos em um mercado de Natal, o tunisiano de 24 anos "teria viajado durante a madrugada de 22 de novembro em um ônibus da estação do terminal rodoviário de Nijmegen", cidade holandesa próxima à fronteira com a Alemanha, a uma hora de viagem de Amsterdã, "até a estação ferroviária de Lyon-Part-Dieu (França)", disse uma das fontes.

Amri foi captado pelas câmeras de videovigilância no dia 22 de dezembro em Lyon-Part-Dieu. Posteriormente, viajou de trem até Chambéry e dali a Milão (passando por Turim), no norte da Itália, onde foi abatido na madrugada do dia 23 durante um controle policial de rotina, após quatro dias de uma autêntica caça humana. Em seus pertences estavam passagens de trem que cobriam o trajeto Lyon-Chambéry-Milão via Turim, que ele havia pago em dinheiro.

A análise das câmeras da estação de trem de Chambéry, nos Alpes franceses, ainda está em curso. As investigações prosseguem para determinar principalmente como o suspeito abandonou a capital alemã após o massacre, para chegar até a Holanda, burlando a polícia.

Detido possível contato de Amri

Anis Amri é suspeito de ter matado 12 pessoas e ferido dezenas no dia 19 de dezembro em Berlim, ao lançar um caminhão contra um mercado de Natal. O atentado foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI). As autoridades alemãs, em sua busca por eventuais cúmplices, anunciaram  a detenção de um tunisiano possivelmente ligado a Anis Amri.

"Anis Amri havia guardado em seu telefone celular o número deste cidadão tunisiano de 40 anos. As investigações permitem pensar que poderia esta relacionado com o atentado", informou a procuradoria federal, competente em assuntos de terrorismo, em um breve comunicado. "Resta estabelecer se essas suspeitas (iniciais) serão confirmadas pela investigação", afirma o texto.

Sobrinho trocava mensagem com Amri pelo Telegram

Outros três parentes do suposto assassino, incluindo um sobrinho, foram detidos no sábado na Tunísia.
Este último "confessou ter estado em contato" com o seu tio, através do aplicativo criptografado Telegram, de acordo com o ministério do Interior da Tunísia.

Segundo o ministério, ele também informou ter jurado lealdade, assim como Anis Amri, ao Estado Islâmico.
A prioridade dos investigadores é averiguar se uma rede de apoio contribuiu para o atentado realizado com um caminhão roubado e a fuga do suspeito.

(com informações da AFP)
 

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