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Reino Unido/França

Reino Unido autoriza construção de central nuclear pela França e China

O governo britânico autorizou nesta quinta-feira (15) a construção da central nuclear Hinkley Point C, um projeto da concessionária francesa EDF que tem o apoio da estatal chinesa CGN. A obra está orçada em € 21 bilhões.

O local onde será construída a usina de Hinkley Point C.
O local onde será construída a usina de Hinkley Point C. Reuters/Suzanne Plunkett
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Segundo a presidência francesa, a primeira-ministra britânica, Theresa May, ligou para o presidente François Hollande na quarta-feira para informá-lo sobre o acordo. “Depois de ter analisado detalhadamente as propostas para Hinkley Point C, vamos introduzir uma série de medidas para melhorar a segurança”, declarou o ministro britânico da Energia, Greg Clark. A central deve fornecer 7% da energia do país.

Para o secretário de Estado e da Indústria francês, Christophe Sirugue, a aprovação do projeto “credibiliza o setor nuclear do país”. O ex-primeiro-ministro britânico David Cameron deu seu acordo de princípio pra o projeto em 2013, e a EDF tomou a decisão final sobre o investimento durante o verão europeu.

A obra, considerada faraônica, gera polêmica : na França, o tribunal de Contas da União e os sindicatos estão preocupados pela dívida excessiva da companhia de eletricidade francesa. A usina deve entrar em funcionamento a partir de 2025 e seu preço equivale ao de dois reatores que poderiam ser construídos no sul da Inglaterra. A EDF vai financiar dois terços do projeto e seu parceiro chinês, a empresa CGN, o terço restante.

Participação chinesa é criticada

As autoridades britânicas garantem um preço à EDF pela eletricidade produzida localmente, mas essa tarifa é considerada muito alta pelos parlamentares, que alegam o custo para se oporem abertamente ao projeto. A presença de um parceiro chinês também é criticada. O chefe do gabinete da premiê britânica, Nick Timothy, julgou “incompreensível” que o Reino Unido aceite investimentos chineses em sua rede elétrica. Isso porque, desta forma, a China poderia influenciar a produção de energia do país.

 

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