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Europa

Reino Unido vai receber 3 mil crianças refugiadas até 2020

O governo britânico anunciou nesta quinta-feira (21) sua intenção de receber até 2020 cerca de três mil crianças refugiadas, originárias do Oriente Médio e da África do Norte. Londres também estaria disposta a acolher a famílias dos menores em situação vulnerável.

Crianças refugiadas em um centro de acolhimento de Calais, no norte da França.
Crianças refugiadas em um centro de acolhimento de Calais, no norte da França. DENIS CHARLET / AFP
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"Esse programa não focará apenas nas crianças desacompanhadas, mas será estendido também aos menores vulneráveis, como aqueles obrigados a trabalhar, que são submetidos a casamentos forçados ou que são vítimas de abusos ou explorações", indica o Ministério do Interior do Reino Unido, em um comunicado.

De acordo com o governo britânico, esse novo programa, realizado em parceria com o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur), "será aberto a todos os grupos e nacionalidades considerados de risco no Oriente Médio e no norte da África". O Ministério do Interior garante que "centenas de pessoas" serão acolhidas a partir deste ano e o número de menores recebidos deve chegar a três mil até 2020.

Esse número irá se adicionar aos 20 mil refugiados sírios que Londres se engajou a receber também até 2020. Até o momento, mais de mil migrantes foram acolhidos no Reino Unido, entre eles, cerca de 500 menores.

Crianças de Calais

O Reino Unido foi extremamente criticado no início do ano por se recusar a receber crianças que vivem sozinhas no acampamento de migrantes de Calais, no norte da França. Segundo associações, em março, 326 menores de idade moravam no local em condições precárias, muitos deles sem pais ou parentes, na esperança de conseguir fazer a travessia até o Reino Unido.

Em fevereiro, dezenas de artistas, escritores e esportistas britânicos divulgaram uma carta aberta na qual pediam que o primeiro-ministro David Cameron acolhesse os migrantes menores de idade que têm parentes no país. Entre os 150 participantes do movimento, estavam os atores Jude Law, Colin Firth, Benedict Cumberbatch, Helena Bonham Carter, Gillian Anderson, entre outras celebridades.

No início de março, o presidente francês, François Hollande, fez um apelo ao premiê para que que os migrantes menores de idade que viviam sozinhos no acampamento fossem enviados ao Reino Unido para encontrarem suas famílias.

Inicialmente, o premiê britânico disse que aceitaria receber somente as crianças e adolescentes que tinham familiares no país, como estabelece o acordo de Dublin III. "Calais não é uma sala de espera para ir ao Reino Unido", advertiu Cameron na época. Mais de um mês se passou até que o governo britânico voltasse a se pronunciar oficialmente sobre a questão.

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