Atentado suicida deixa pelo menos quatro mortos em Istambul

Um atentado suicida neste sábado (19) em Istambul deixou pelo menos 4 mortos e 36 feridos, sete deles em estado grave. O ataque aconteceu em frente um centro comercial do calçadão da rua Istiklal, uma das mais conhecidas da capital turca.

Polícia controla acesso à área onde ocorreu o atentado em Istambul.

Segundo o governador da metrópole turca, Vasip Sahin, o atentado visava um prédio da Secretaria de Segurança Pública situado no bairro de Beyoglu. Um homem-bomba se explodiu no meio da multidão. “Eu estava na praça Taksim quando ouvi a detonação. Senti a terra tremer e depois vi os policiais e as ambulâncias passarem”, indicou Abdullah, umas das testemunhas.

A rua foi evacuada depois do atentado.A área é bastante frequentada por turistas estrangeiros.

Turquia reforça vigilância

A Turquia vive em estado de alerta desde o ano passado por conta de uma série de atentados atribuídos aos jihadistas do grupo Estado Islâmico ou aos rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que voltaram a atacar as forças de segurança turcas.

O último ataque, ocorrido no domingo, visou uma parada de ônibus no centro de Ancara e deixou 35 mortos e mais de 120 feridos. No último dia 17 de fevereiro, um atentado também matou 29 pessoas na capital.

Os dois ataques foram reivindicados por um grupo radical curdo próximo dos rebeldes do PKK, os Falcões da Liberdade do Curdistão (TAK), em represália à morte dos civis durante as operações das forças armadas e da polícia contra a rebelião.

Os TAK prometeram outras ações contra o estado turco. O nível de alerta está em seu estado máximo em várias cidades do país.

Alemanha fecha embaixada

A Alemanha fechou nesta quinta-feira sua embaixada em Ancara, seu consulado geral em Istambul e suas escolas em duas cidades, por conta do risco de atentado. Em janeiro, 12 turistas alemães morreram em um atentado suicida.

A embaixada dos Estados Unidos em Ancara também alertou seus cidadãos para possíveis ataques e recomendou que eles evitassem qualquer manifestação durante os festejos do ano novo curdo, previstos domingo e segunda-feira.

Com informações da AFP