OMS pede que Europa se previna contra mosquito que transmite zika vírus
A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu nesta quarta-feira (3) que os países europeus planejem uma ação contra a proliferação do mosquito transmissor do zika vírus, antes que chegue ao continente. Embora turistas europeus tenham sido contaminados na América Latina, o Aedes aegypti ainda não foi descoberto na Europa.
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"Peço aos países europeus a tomarem medidas coordenadas para controlar os mosquitos através do envolvimento das pessoas para eliminar os focos e do planejamento para espalhar inseticida e matar as larvas", escreveu em um comunicado a diretora Europa da OMS, Zsuzsanna Jakab.
A OMS estima que o risco de que o vírus chegue à Europa "continua a ser extremamente baixo durante o inverno". Mas essa possibilidade deve aumentar à medida que as temperaturas subirem, uma vez que o inseto pode se adaptar a todos os climas quentes. O inverno termina no dia 20 de março no hemisfério norte.
Aedes albopictus pode se tornar vetor da doença na Europa
O Centro Europeu de Prevenção e Controle das Doenças alertou para o risco de que outro mosquito, Aedes albopictus, possa se tornar vetor da doença na Europa. A presença dessa espécie está estabelecida, de acordo com as autoridades sanitárias europeias, em torno do Mediterrâneo, da Espanha à Grécia, na metade sul da França, em toda a Itália, bem como na Bulgária.
A OMS declarou na segunda-feira (1°) estado de emergência da saúde mundial pela possível relação entre a microcefalia em bebês ou síndromes neurológicas e a contaminação de grávidas pelo zika. No Brasil, onde há uma grande epidemia da doença, o número de casos da má-formação cerebral subiu em uma semana de 3.718 para 4.074, a maioria deles no nordeste do país.
Grupo farmacêutico francês trabalha na criação de uma vacina contra o zika
A Sanofi Pasteur, divisão de vacinas do grupo farmacêutico francês, anunciou na terça-feira (2) o lançamento de um projeto para elaborar uma vacina contra o zika vírus. Para acelerar o plano, a líder mundial de vacinas espera contar com a experiência adquirida com a Dengvaxia, vacina contra a dengue aprovada no final do ano passado pela Anvisa. Além do Brasil, o produto também é comercializado no México e nas Filipinas.
No comunicado, o laboratório francês informa que toda a competência, infraestrutura e as instalações utilizadas no medicamento contra a dengue serão agora mobilizadas para desenvolver e testar rapidamente uma vacina contra o zika vírus. Até o momento, não existe nenhuma vacina ou tratamento específico contra a doença.
(Com informações da AFP)
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