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Irã manda e Itália esconde estátuas de mulheres nuas em Roma

Autoridades iranianas pediram que estátuas de mulheres nuas que decoram o Capitólio, a sede histórica da prefeitura de Roma, fossem cobertas durante a visita do presidente do Irã à capital italiana nesta semana. A exigência gerou fortes polêmicas entre a população.

A Vênus Capitolina e as outras esculturas escondidas durante a visita do presidente iraniano, Hassan Rohani, foram descobertas depois de sua passagem pelo Capitólio, em Roma, na segunda-feira (25).
A Vênus Capitolina e as outras esculturas escondidas durante a visita do presidente iraniano, Hassan Rohani, foram descobertas depois de sua passagem pelo Capitólio, em Roma, na segunda-feira (25). Filippo Monteforte/AFP
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A Vênus Capitolina, célébre escultura que data do século II antes de Cristo, é uma das obras de arte que foram cobertas com painéis brancos em Roma a pedido go governo do Irã. Segundo fontes oficiais, a decisão de cobrir as esculturas foi tomada "por respeito ao visitante", líder político e clérigo xiita.

Rohani chegou nesta segunda-feira (25) à capital italiana, acompanhado de uma delegação de 12 pessoas, composta de diplomatas e oficiais de Teerã, incluindo o ministro das Relações Exteriores, Javad Zarif.

Estátua equestre chocou iranianos

De acordo com o jornal italiano Il Messaggero, a delegação iraniana também pediu que a coletiva de imprensa conjunta com o primeiro-ministro Mateo Renzi não fosse realizada diante da estátua em bronze do imperador Marco Aurélio e seu cavalo, como havia sido programado. O diário afirma que o objetivo era evitar que os líderes políticos iranianos ficassem diante da reprodução do pênis do animal. O pedido, no entanto, não foi acatado e tanto Rohani quanto Renzi conversaram com a imprensa na sala que abriga a escultura.

As exigências das autoridades iranianas revoltaram a população e personalidades italianas. "Não se pode esconder a própria cultura, a própria religião ou a própria história. Foi uma decisão equivocada", criticou o arqueólogo Giuliano Volpe, presidente do Conselho Superior para os Bens Culturais do ministério italiano da Cultura.

Nesta quarta-feira (27), a delegação iraniana chega à Paris. Na capital francesa não foram programadas refeições com as autoridades porque o governo francês não aceitou o pedido iraniano de retirar o vinho da mesa.

(Com informações da AFP)

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