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Vaticano/ escândalo

Papa Francisco lamenta vazamento de documentos secretos da igreja

O papa Francisco afirmou neste domingo (8) que deseja seguir adiante com as reformas na Igreja, apesar do vazamento de documentos financeiros secretos que revelam abusos de alguns cardeais, chamados pelo pontífice chamou "ato deplorável". Foi a primeira vez que o papa falou sobre o escândalo, que levou à detenção de duas pessoas suspeitas de terem vazado dados sigilosos, no fim de semana passado.

Papa Francisco acena para os fiéis na Praça São Pedro, no Vaticano.
Papa Francisco acena para os fiéis na Praça São Pedro, no Vaticano. REUTERS/Alessandro Bianchi
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"Quero garantir a vocês que este triste fato não me desvia do trabalho de reforma que segue adiante com meus colaboradores e o apoio de todos vocês", disse o papa aos fiéis reunidos na praça de São Pedro após a bênção do Angelus.

Os documentos, supostamente divulgados por um religioso espanhol e uma assessora de marketing italiana, permitiram a publicação de dois livros que revelam as profundas resistências dentro do Vaticano às reformas na Igreja Católica, estimuladas pelo pontífice.

"Sei que muitos de vocês se preocuparam com as informações dos últimos dias, sobre os documentos secretos da Santa Sé que foram tomados e publicados", disse aos fiéis. "Publicar estes documentos foi um erro. É um ato deplorável que não ajuda", destacou.

Francisco ressaltou que ele próprio solicitou a realização de um estudo aprofundado sobre os gastos da igreja e afirmou que conhecia os documentos, assim como os seus colaboradores. O autor de um dos livros, o jornalista Gianluigi Nuzzi, havia declarado que "revelar segredos só pode servir a quem deseja a transparência, objetivo número um do papa".

Viagem ao Quênia

O governo do Quênia anunciou neste domingo que deve mobilizar 10 mil policiais para garantir a segurança do papa Francisco, esperada para o final do mês. "As agências de segurança continuam ajustando os planos para garantir a segurança da cidade durante um período especialmente intenso, no qual esperamos um milhão de pessoas adicionais em Nairóbi", afirmou um comunicado assinado pelo porta-voz da presidência, Manoah Esipisu.

O porta-voz informou que outros 10 mil integrantes das unidades da juventude ajudarão a controlar a multidão. O sumo pontífice visitará o Quênia de 25 a 27 de novembro. Depois passará dois dias em Uganda e encerrará a viagem na República Centro-Africana, em 30 de novembro.

O Quênia continua traumatizado com uma série de atentados islamitas, como o de abril contra a Universidade de Garissa, que matou 148 pessoas, ou o ataque de 2013 ao centro comercial Westgate de Nairóbi, que deixou 67 mortos.

Com informações AFP
 

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