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UE/Imigração

Ministros europeus chegam a acordo sobre distribuição de 120 mil refugiados no bloco

Os ministros europeus do Interior chegaram a um acordo nessa terça-feira (22) sobre a distribuição dos migrantes entre os países do bloco. Apesar da resistência de alguns membros, a maioria concordou com o plano de repartição dos 120 mil refugiados na União Europeia. Chefes de Estado e de governo do grupo se reúnem nesta quarta-feira (23) em Bruxelas para discutir o reforço das fronteiras na região.

Migrantes entram na Austria pela fronteira com a Hungria.
Migrantes entram na Austria pela fronteira com a Hungria. REUTERS/David W Cerny
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“A decisão sobre a repartição de 120 mil pessoas foi adotada por uma ampla maioria”, informou por meio de sua conta no Twitter o governo luxemburguês, que preside atualmente a União Europeia (UE). O plano apresentado em Bruxelas contava com o apoio de grandes potências, como França e Alemanha. De acordo com o ministro checo Milan Chovanec, seu país, junto com Eslováquia, Romênia e Hungria, votaram contra. A Finlândia se absteve.

A reunião dos ministros do Interior acontece na véspera de uma cúpula extraordinária dos chefes de Estado e de governo dos países do bloco. Os líderes devem discutir a liberação de uma ajuda financeira para a Turquia e os países do Oriente Médio que recebem milhões de refugiados sírios. Os representantes europeus também vão debater o reforço do sistema de controle nas fronteiras exteriores da UE.

Números contestados

No entanto, antes mesmo da distribuição das 120 mil pessoas começar, os números já são contestados. Segundo Melissa Fleming, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), o programa aprovado “não será suficiente diante da crise atual”, pois cerca de meio milhão de migrantes e refugiados já cruzaram o mar Mediterrâneo desde o início deste ano. Levando em consideração o ritmo atual de 6 mil pessoas desembarcando diariamente no solo europeu, o teto de 120 mil seria atingido em apenas 20 dias.

A Comissão Europeia apoia o princípio de quotas de acolhimento a serem respeitadas pelos países do bloco. Mas os opositores ao sistema estimam que o fato de concentrar o debate nessa questão desvia a UE dos temas mais urgentes, como a atribuição de ajuda aos mais necessitados e a luta contra as redes de tráfico de seres humanos.

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