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Divisão sobre refugiados passa uma má imagem do bloco europeu

A crise dos refugiados na Europa continua ocupando as primeiras páginas dos jornais franceses desta quarta-feira (16). A imagem de divisão que o bloco mostra preocupa a imprensa. Com uma pergunta, o Libération tenta explicar a divisão europeia sobre a acolhida dos refugiados: "Que mensagem estamos enviando ao mundo?".

Capa dos jornais franceses Le Figaro, La Croix, L'Humanité e Libération desta quarta-feira, 16 de setembro de 2015.
Capa dos jornais franceses Le Figaro, La Croix, L'Humanité e Libération desta quarta-feira, 16 de setembro de 2015.
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A pergunta estampada na capa de Libération é uma citação feita pela chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini. Em entrevista ao jornal, ela condena as reticências de alguns países do leste da Europa em acolherem os refugiados. Mogherini pede aos dirigentes do bloco para serem responsáveis e protegerem as milhares de pessoas que fogem da guerra e do terrorismo.

Libération faz um balanço da situação nas fronteiras europeias que o jornal chama de “vergonhosas”: ao menos 22 migrantes morreram na terça-feira (15) afogados no Mediterrâneo e centenas estão bloqueados na fronteira entre a Sérvia e a Hungria. O diário critica a decisão de Budapeste de construir outra barreira para impedir a entrada de refugiados, desta vez na fronteira com a Romênia.

Posição da Alemanha

Angela Merkel continua tendo um papel central nessa crise. Le Figaro tenta entender a estratégia da chanceler alemã. A política dela nessa crise, marcada por compromissos fortes e mudanças radicais de posição, confunde ou irrita os europeus, afirma o diário conservador.

O jornal tenta analisar as desconcertantes contradições da chanceler alemã. Depois de ter dado sinais de que abria as portas da Alemanha aos refugiados, principalmente sírios, ela anunciou o fechamento das fronteiras. “Sua política é incompreensível tanto na Alemanha quanto no exterior”, afirma o texto.

Os refugiados continuam a chegar. Cerca de 500 mil cruzaram as fronteiras europeias desde janeiro, lembra o diário.  A realidade é cada dia mais complexa e Merkel reclama um novo espírito europeu, diz o texto. A chanceler pede a convocação de uma cúpula europeia extraordinária sobre a crise e ameaça cortar as ajudas europeias aos países que não aceitarem os refugiados. Uma chantagem que desagrada Bruxelas, alerta Le Figaro, prevendo novas divisões sobre o tema no bloco.

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