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Grupo Estado Islâmico/Síria

França e Reino Unido abrem caminho para ataques aéreos na Síria

A França realizará, a partir desta terça-feira (8), "voos de reconhecimento sobre a Síria", anunciou o presidente francês, François Hollande. "Eles permitirão planejar bombardeios contra o grupo Estado Islâmico, preservando nossa autonomia de ação e decisão". A declaração foi feita durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (7). Já Londres revelou ter realizado um ataque com drone na Síria em agosto.

Refugiados sírios chegam em embarcações improvisadas à ilha grega de Lesbos.
Refugiados sírios chegam em embarcações improvisadas à ilha grega de Lesbos. REUTERS/Dimitris Michalakis
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"O que queremos na Síria é conhecer, saber o que está sendo preparado contra nós e o que se faz contra a população síria", indicou Hollande, em meio à pior crise migratória na Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial, que inclui a fuga desesperada de milhões de sírios para outros países.

O objetivo principal da França é reduzir a ameaça de novos atentados em seu território. O sobrevoo da Síria deverá permitir aos serviços franceses a coleta de dados sobre os centros de treinamento e decisão do grupo Estado Islâmico na Síria.

Recrutadores britânicos

Londres invocou as mesmas razões de segurança, revelando ter dirigido um primeiro bombardeio à Síria no último dia 21 de agosto. Três jihadistas, incluindo dois britânicos, foram mortos "durante um bombardeio preparado meticulosamente e realizado por um drone", anunciou aos deputados o primeiro-ministro britânico, David Cameron.

"Não havia alternativa, uma vez que essas pessoas estavam recrutando e preparando ataques bárbaros" contra o Ocidente, afirmou. "Naquela região, não existe nenhum governo com o qual possamos trabalhar."

Em setembro de 2014, o parlamento britânico aprovou o bombardeio ao Iraque, mas não à Síria, um ano após votar contra o pedido de intervenção na Síria feito por Cameron. O premiê reafirmou que tentará obter o apoio dos deputados para ampliar os bombardeios à Síria.

A França, que participa há um ano dos bombardeios da coalizão internacional no Iraque, havia rechaçado, até então, fazer o mesmo na Síria, por considerar que bombardear o grupo jihadista poderia fortalecer o regime sírio do ditador Bachar al-Assad, devido à ausência de uma alternativa moderada.

Inconsequente e irrealista

Hollande descartou, no entanto, uma operação terrestre de tropas francesas na Síria, opção que julgou "inconsequente e irrealista". "Irrealista porque seríamos os únicos, e inconsequente porque seria transformar uma operação em força de ocupação", explicou.

"No Iraque, cabe aos iraquianos realizar estas operações; na Síria, cabe aos sírios que participam da rebelião, mas também aos países vizinhos, às forças regionais, assumir suas responsabilidades", disse o presidente francês.
 

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