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Grécia/Crise financeira

Grécia adia para final de junho pagamento da dívida com FMI

A Grécia adiou para o dia 30 de junho o reembolso de quatro parcelas de suas dívidas com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Os pagamentos no valor de € 1,6 bilhão têm vencimentos em diferentes datas do mês de junho, mas uma parcela de € 300 milhões deveria ter sido paga nesta sexta-feira (5). Ela foi postergada por falta de um acordo global entre o governo do primeiro-ministro Alexis Tsipras, do partido Syriza, e os parceiros europeus.

O premiê grego, Alexis Tsipras
O premiê grego, Alexis Tsipras REUTERS/Alkis Konstantinidis
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Esta é a primeira vez desde o início da crise da dívida, que Atenas não reembolsa uma parcela dos € 240 bilhões em empréstimos que recebeu da Troika (FMI, do Banco Central Europeu e União Europeia). As bolsas europeias abriram no vermelho devido ao clima persistente de incertezas em torno da dívida grega.

Para liberar uma parcela de € 7,2 bilhões que os credores seguram desde fevereiro, a Comissão Europeia impôs esta semana novas medidas de austeridade à Grécia, como a redução das despesas com aposentadorias, liberalização do mercado de trabalho e ampliação do programa de privatizações.

Depois de seu reunir com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, Tsipras chegou a declarar que a conversa era produtiva e havia perspectiva de um acordo "o mais breve possível". Circulavam em Bruxelas boatos sobre um novo encontro nesta sexta-feira, mas a possibilidade foi descartada depois da decisão da Grécia de adiar o pagamento. A próxima rodada de negociações entre os dois acontecerá na terça-feira (9).

Eleições antecipadas

Diz-se nos bastidores que a estratégia dos europeus é colocar o primeiro-ministro de extrema-esquerda contra a parede, para que ele seja obrigado a convocar novas eleições.

A ala radical do Syriza não aceitaria novos sacrifícios dos gregos. Tsipras disse a seus ministros que não poderia aceitar o que chamou de "medidas extremas": "Todo mundo sabe que o povo grego sofreu durante os últimos cinco anos e que é preciso parar de brincar a suas custas", afirmou.

Na tarde desta sexta-feira, o premiê apresenta ao Parlamento grego um balanço das negociações dos últimos dias e pode até sugerir um referendo sobre a proposta do executivo europeu.
 

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