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Grécia/ economia

Lagarde está “confiante” de que Grécia não vai dar calote

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) disse nesta quinta-feira (4) estar “confiante” de que a Grécia não entrará em default de sua dívida com o organismo. O governo grego está em uma corrida contra o relógio para conseguir pagar os US$ 300 milhões que deve ao fundo, antes da noite de sexta-feira (5).

Jean Claude Junker e Alexis Tsipras agendaram nova reunião depois do jantar de quarta-feira(3).
Jean Claude Junker e Alexis Tsipras agendaram nova reunião depois do jantar de quarta-feira(3). REUTERS/Francois Lenoir
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Segundo Lagarde, os credores internacionais da Grécia (FMI, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) "demonstraram claramente uma flexibilidade considerável" nas propostas apresentadas às autoridades de Atenas para desbloquear as negociações, uma reunião que atravessou a madrugada. A diretora-gerente disse que os credores "levaram em conta a situação política e social” da Grécia e tentaram “atenuar e aliviar o impacto das medidas necessárias que devem ser adotadas".

A Grécia e seus credores não conseguiram chegar a um acordo sobre as reformas exigidas de Atenas para confirmar a entrega de uma última parcela do resgate financeiro ao país, de € 7,2 bilhões. Uma nova reunião pode acontecer nesta sexta-feira para tentar resolver o impasse, entre o primeiro-ministro grego, Aléxis Tsipras, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e o presidente da zona do euro, Jeroen Dijsselbloem.

O acordo é indispensável para Atenas, que se encontra quase sem liquidez. Juncker classificou as negociações "longas e difíceis". "Devemos preparar a próxima rodada de negociações", declarou.

O governo grego deve estudar o último plano proposto pelos credores, que ofereceria algumas concessões nas metas fiscais. A proposta "busca aliviar o ajuste e facilitar a implementação para o povo grego", indicou Lagarde.

Grécia sob aperto

Tsipras saudou os pontos positivos e as perspectivas de compromisso em relação ao plano, mas também enumerou as divergências com as propostas de reformas e as medidas orçamentárias previstas pelo seu próprio governo.

"Falamos de um país (Grécia) que nos últimos cinco anos sofreu uma grande catástrofe financeira, com uma contração de sua economia de 25% depois de cinco anos de dura austeridade. As propostas que significam um corte das aposentadorias mais baixas ou um aumento do IVA sobre a eletricidade não podem ser as bases para uma discussão", ressaltou.

O ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, disse que a conclusão de um acordo depende da convergência das posições da UE e do FMI. "Quanto mais se aproxima o fim das negociações, mais a posição dos credores se endurece (...) mas o objetivo é que exista uma convergência entre eles", declarou, à emissora de rádio grega 90.2FM.

Na sexta-feira Atenas precisa saldar um primeiro pagamento de um total de € 1,6 bilhão previstos para este mês ao FMI. A hipótese de que Atenas não consiga saldar a dívida elevou, nos últimos dias, os temores de uma saída da Grécia da zona do euro.
 

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