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Portugal/Aviação

Greve de pilotos da TAP causa cancelamentos; Brasil não é afetado

Uma greve dos pilotos da companhia aérea portuguesa TAP causou o cancelamento de dezenas de voos neste sábado (9). Os trabalhadores decretaram uma paralisação de 24 horas para denunciar o que consideram uma deterioração das condições de trabalho. Voos para o Brasil não foram afetados.

Aeronave da companhia aérea estatal portuguesa TAP
Aeronave da companhia aérea estatal portuguesa TAP DR
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Entre 27 mil e 42 mil passageiros que tinham vôos previstos para este sábado tiveram seus bilhetes cancelados ou modificados. O total de vôos anulados chega a 36. Longas filas de passageiros irritados se formaram nos balcões da companhia no aeroporto de Lisboa.

No auge das férias de verão na Europa, os transtornos causados pela greve são potencializados. "Meu voo para Bolonha foi cancelado e ficamos presos. Talvez consigamos partir amanhã, mas estou muito irritado”, afirmou uma turista italiana viajando com o marido e três crianças.

A paralisação não afeta voos que estejam retornando a Portugal vindos de outros países, incluindo o Brasil, onde a companhia tem voos regulares para pelo menos 10 cidades, sendo uma das principais transportadoras de brasileiros para a Europa do Leste. As conexões com Açores e Madeira também não foram afetadas.

Pilotos querem mais por hora extra

A empresa estatal portuguesa acabou fretando diversos aviões e tripulações de outras companhias parceiras para poder operar 150 das 350 viagens previstas para hoje. “Todos os voos para o Brasil e África foram assegurados, o que significa que alguns pilotos não aderiram à greve”, disse o porta-voz da TAP, André Serpa Soares.

A greve foi convocada no final de julho em protesto contra o que os trabalhadores consideram uma piora das condições de trabalho, apesar das promessas da companhia de que aumentaria o pagamento de horas extra para os pilotos.

Em entrevista à RFI, o presidente do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil de Portugal (SPAC), Jaime Prieto, disse que a greve durará apenas 24 horas porque o objetivo não é causar impacto operacional: “O que esperamos não é algo que se pode materializar de um dia para o outro. É algo que se pode iniciar e que já deveria ter iniciado, que é uma mudança na política de gestão e de recursos humanos da TAP. Há uma falência dos quadros da manutenção, entre outros problemas”.

Nos últimos meses, o atraso na entrega de seis aviões Airbus que a TAP encomendou de outras companhias causou uma série de adiamentos e cancelamentos de voos, provocando descontentamento entre passageiros.
 

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