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Extrema-direita/ Europa

Extrema-direita não consegue formar grupo no Parlamento europeu

A aliança dos partidos de extrema-direita francês e holandês fracassou em formar um grupo no Parlamento Europeu. Esse era o grande objetivo do partido francês Frente Nacional, vitorioso nas eleições europeias na França. A presidente Marine Le Pen não conseguiu reunir 25 deputados de sete nacionalidades diferentes, necessários para a formação de um bloco parlamentar.

Matteo Salvini (esq.), depultado italiano, Harald Vilimsky, do Partido da Liberdade da Áustria, Marine Le Pen, da França, e Geert Wilders, holandês, durante encontro logo após as eleições europeias, em 25 de maio.
Matteo Salvini (esq.), depultado italiano, Harald Vilimsky, do Partido da Liberdade da Áustria, Marine Le Pen, da França, e Geert Wilders, holandês, durante encontro logo após as eleições europeias, em 25 de maio. REUTERS/Francois Lenoir
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A informação foi dada pelo líder do Partido da Liberdade, Geert Wilders, aliado holandês da Frente Nacional. Ontem foi o prazo final para a formação dos blocos no novo parlamento europeu, eleito no último 25 de maio e que começa a trabalhar em julho.

Marine Le Pen sofreu os efeitos da rivalidade com o líder do partido britânico Ukip (Independência do Reino Unido), que também é eurocético e conseguiu formar um grupo com o populista Movimento Cinco Estrelas, do italiano Beppe Grillo. Eles fizeram uma coalizão na semana passada, ao conquistarem uma deputada desertora da Frente Nacional francesa.

As principais consequências da desunião da extrema-direita é que Le Pen e Wilders não terão acesso a financiamento, funcionários e tempo a mais no plenário, vantagens que só são disponibilizadas quando se formam alianças partidárias multinacionais, com pelo menos 25 deputados de sete dos 28 países membros do bloco. A tarefa parecia fácil, uma vez que a Frente Nacional conseguiu eleger 24 membros na França.

Limites nas alianças

No seu comunicado, Wilders explicou que a cooperação com uma legenda polonesa de direita acusada de antissemitismo é “ir longe demais” para ele. O holandês disse que espera formar uma frente parlamentar ainda neste ano. Wilders e Le Pen têm como principais aliados o Vlaams Belang, da Bélgica, o FPO austríaco e a Liga do Norte italiana.

Em um comunicado divulgado na noite de ontem, a Frente Nacional afirma ter “privilegiado a qualidade e a coerência em detrimento à facilidade e a precipitação”. O partido diz “estar sem pressa para constituir um grupo” e “estar convencido de que será possível formar, rapidamente, uma aliança sólida, poderosa e crível”.
Para o deputado e ex-ministro socialista francês Pierra Moscovici, o fracasso da Frente Nacional mostra que a extrema-direita “não consegue atrair adesões e sair da marginalidade”. Já eurodeputada e ex-ministra do partido conservador de oposição francês UMP Rachida Dati vê a situação como o resultado da heterogeneidade de todos os partidos extremistas, considerados populistas.

 

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