Papa Francisco prega "respeito à vida" em conversa com Obama no Vaticano

O papa Francisco defendeu nesta quinta-feira (27) durante audiência privada com o presidente Barack Obama, no Vaticano, que os Estados Unidos garantam o direito à vida, assim como a "objeção de consciência" para os católicos americanos nos casos de aborto. A curta nota oficial divulgada pela Santa Sé declara que os dois líderes conversaram sobre temas "particularmente importantes para a Igreja". 

O papa Francisco recebe Barack Obama no Vaticano. REUTERS/Kevin Lamarque

Esta foi a primeira audiência de Obama com o papa argentino. No encontro, os dois também discutiram a luta contra as desigualdades sociais e as crises no Oriente Médio e na África. Nesta tarde, o chefe de Estado americano se reúne com o presidente italiano, Giorgio Napolitano.

A audiência entre Obama e o papa começou por volta das 9h30 na biblioteca do Vaticano. "É maravilhoso me encontrar com você", disse o presidente americano, que se declarou um "grande admirador do pontífice". O papa respondeu ao elogio com um sorriso, e em inglês : " Bem-vindo presidente." O encontro, que teve a presença de tradutores, durou mais tempo do que o previsto, e terminou com um aperto de mãos.

A delegação americana contou com a presença de várias personalidades, entre elas o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, que é católico praticante.

Depois da audiência, Obama, que é protestante, se reuniu com o chefe da diplomacia do Vaticano, monsenhor Pietro Parolin, para abordar em detalhes os assuntos em pauta, entre eles o combate ao aumento da desigualdade, as crises no Oriente Médio e na República Centro-Africana, além de questões ligadas ao meio ambiente e ao fluxo de imigração entre a América Latina e a América do Norte.

Em uma entrevista ao jornal italiano Corrière della Sera, Obama declarou ter vindo à Roma "ouvir o papa, cujo pensamento é precioso para entender como enfrentar o desafio de luta contra a pobreza". A visita do presidente americano também prevê uma reunião com o presidente Giorgio Napolitano e com o chefe de governo Matteo Renzi, além de uma passagem pelo Coliseu, que está fechado para os turistas desde meio-dia.