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Ucrânia/Política

Agressões contra dois militantes pró-europeus causam indignação na Ucrânia

A agressão de dois militantes pró-europeus, entre eles uma jornalista, provocou uma forte indignação na Ucrânia, país que convive há mais de um mês com manifestações contra o governo pró-russo.O primeiro-ministro pediu para a oposição ter "bom senso" e  parar com os protestos. 

Jornalista ucraniana agredida por desconhecidos na noite desta terça-feira, na periferia de Kiev.
Jornalista ucraniana agredida por desconhecidos na noite desta terça-feira, na periferia de Kiev. Pravda
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Tetiana Tchornovil, jornalista da Ukraïnska Pravda que escreve artigos críticos sobre o presidente Viktor Ianoukovitch e seus colaboradores mais próximos, foi espancada na noite desta terça para quarta-feira. Outro militante pró-europeu, Dmytro Pilipets, foi esfaqueado em Kharkiv, leste do país, por desconhecidos, de acordo com a polícia. Ele tem ferimentos no quadril e nos pulsos.

Dois inquéritos foram abertos para esclarecer essas agressões, mas o ministério do Interior e autoridades de Kharkiv já denunciaram “provocações” que visam tirar a credibilidade das investigações.

Tetiana Tchornovil foi agredida por desconhecidos que a obrigaram a parar o carro que conduzia na periferia de Kiev. Ela ficou com o nariz quebrado, e sofre de lesão cerebral e traumatismos múltiplos, de acordo com o site Ukraïnska Pravda que publica fotos e a entrevista dada por ela no hospital.

Segundo seus colegas de redação, Tetiana tinha passado a terça-feira atrás de fotos das casas do ministro do Interior, Vitali Zakhartchenko, e do procurador-geral, Viktor Pchonka, adversários do movimento de contestação contra o regime. A oposição acusou o governo de estar por trás das agressões.

O ministro é acusado de ser o responsável pela repressão violenta contra uma manifestação estudantil em 30 de novembro que deixou dezenas de feridos, e o procurador de “encobrir crimes” dos policiais.

A jornalista Tetiana disse ter sido perseguida durante seu trabalho por membros das forças anti-protestos. “Ou a polícia encobre esse crime ou ela é cúmplice”, afirmou o partido Batkivchtchina da líder de oposição, Iulia Timochenko.

Indignação

Centenas de pessoas manifestaram nesta quarta-feira diante do ministério do Interior, agitando retratos da jornalista espancada. O presidente Viktor Ianoukovitch condenou os atos violentos contra a jornalista e encarregou o ministério do Interior e o procurador-geral de investigar os casos.

O primeiro-ministro Mykola Azarov fez um apelo nesta quarta-feira para a oposição ter “bom senso” e parar as ações de protesto. Segundo ele, o movimento de contestação prejudica materialmente a Ucrânia que conseguiu se estabilizar financeiramente após o recente plano de salvamento russo oferecido ao país.
 

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